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POLÍTICA

Após manobra para atrasar anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, presidente da CCJ cobra que projeto seja ‘aprovado o quanto antes’

29 de outubro, 2024 / Por: Agência O Globo

Deputada bolsonarista Caroline de Toni, que comanda a CCJ, comentou sobre a decisão que tirou projeto da comissão

Após manobra para atrasar anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, presidente da CCJ cobra que projeto seja ‘aprovado o quanto antes’
Caroline de Toni — Foto Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comentou nesta terça-feira a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de tirar o projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro da alçada da CCJ. A parlamentar evitou criticar diretamente a ação que tirou o projeto de sua responsabilidade, mas pediu que o texto seja aprovado “o quanto antes”.

Lira criou uma comissão especial para analisar o texto, o que tira o projeto da alçada de bolsonaristas. Além de ter tramitado até hoje na CCJ, que é comandada pela deputada de oposição, o relator do texto na comissão, Rodrigo Valadares (União-SE) também era do grupo a favor da anistia. Agora os líderes partidários irão indicar os membros do grupo e um novo relator pode ser escolhido.

– Dessa decisão (de Lira) não cabe recurso então esperamos que tramite o quanto antes porque nossa expectativa é que fosse aprovado na comissão (CCJ) e fosse para o plenário. Dessa forma fica na comissão especial e vai depender agora dos partidos designarem os membros para ter designação de relator e audiência pública e tudo o mais. Falo isso, mas de nossa parte esperamos que seja aprovado o quanto antes porque muitas famílias, muitas pessoas vem falando da injustiça que sofreram.

O presidente da Câmara prometeu ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), candidato apoiado por ele como seu sucessor no comando na Casa, construir um acordo para evitar que o tema afete a eleição para a chefia da Câmara.

Motta, que tem sinalização favorável do PL e do PT, tenta se equilibrar diante do assunto. De um lado, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro quer aprovar a iniciativa. Do outro, petistas articulam para que o projeto seja barrado. Como forma de se desvencilhar do assunto, a solução encontrada foi encaminhar ele para a comissão especial.


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