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Antes de fazer surpresa e descobrir traição, Natinha se derreteu pelo namorado: ‘Pessoa de luz’
Medalhista de bronze em Paris-2024, líbero fez uma viagem para passar mais tempo com o parceiro
Depois de superar traição com música-vingança, e celebrando carreira de 30 anos, colombiana faz shows terça-feira no Rio e quinta em São Paulo
As mulheres já não choram mais, as mulheres faturam. Os versos da canção “BZRP Music Sessions #53”, com a qual a cantora colombiana Shakira exorcizou a traição cometida pelo marido (atual ex), o craque espanhol do futebol Gerard Piqué, certamente serão ouvidos esta terça-feira ,11) no Estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no show de abertura de Las Mujeres Ya No Lloran World Tour, sua primeira turnê nesta década, na qual ela apresenta o repertório de “Las mujeres ya no lloran” (2024) — disco que na semana passada ganhou o Grammy de melhor álbum de pop latino (derrotando, entre outros, o álbum “Funk generation”, de Anitta).
Mas se engana quem resume as alegrias de Shakira ao estrondoso sucesso de uma música-vingança por um adultério de triste história, supostamente descoberto (ela nega a versão) pelo misterioso esvaziamento, na geladeira de casa, de um pote de geleia que só ela comia.
A nova turnê — que depois segue por São Paulo (quinta, no MorumBIS), Peru, Colombia, Chile, Argentina, México e Estados Unidos — vem coroar uma trajetória de mais de 30 anos, na qual uma menina pobre, da cidade costeira de Barranquilla, pouco a pouco rompeu diversas barreiras e chegou ao estrelato pop mundial, com mais de 95 milhões de discos vendidos e a posição de mais famosa figura feminina da música latina.
O Brasil (onde, muitos irão lembrar, Shakira faz sucesso desde os tempos em que frequentava o sofá da apresentadora Hebe Camargo) não foi pinçado aleatoriamente ou por conveniência. “Escolhi o Brasil para começar minha turnê porque o público brasileiro é muito importante para mim. O Brasil abriu suas portas para minha música desde que eu tinha 18 anos, e não existe um público como o brasileiro. Essa é a turnê mais importante da minha vida, da minha carreira, a maior de todas que eu fiz. E quero começar no Brasil”, disse a cantora esse domingo (9), em entrevista ao programa “Domingão com Huck”.
Aos 48 anos de idade (completados na semana passada), Shakira Isabel Mebarak Ripoli começou pela América Latina o seu caminho até o topo do mundo. Filha de colombiana com um descendente de libaneses, a cantora compôs sua primeira música aos 8 anos, participou de concursos de talentos infantis, começou a tocar violão aos 11 e em 1990, aos 13, mudou-se para Bogotá, com planos de ser modelo — mas aí a gravadora Sony descobriu a cantora.
Sucesso na Colômbia com seus primeiros discos (e com participações como atriz em novelas), a Shakira de 17 anos viu que suas ideias para si não batiam com a da Sony — e insistiu num som mais rock, com influências da música árabe, que ouvia em casa. Lançado em 1995, o álbum “Pies descalzos” acompanhou a mudança de direção. Demorou um pouco, mas uma das faixas, “Estoy aquí”, tornou-se um hit na América Latina e na Espanha, puxando outras músicas do disco — e suscitando comparações com a canadense Alanis Morrissete, que acabara de estourar no mundo, mal saída da adolescência, com rocks confessionais.
Numa época em que bandas, da Argentina ao México, tentavam emplacar nos Estados Unidos e na Europa o movimento do Rock en Español, foi Shakira quem fez os maiores avanços. Produzido nos EUA pelo midas do pop latino Emilio Estefan, o álbum “Dónde están los ladrones?” (1998) abalroou a parada latina do país com “Ciega, sordomuda”, “Tú” e “Ojos así”, a canção em que ela explicitou suas raízes libanesas, inclusive com a incorporação de movimentos da dança do ventre.
Esta última, por sinal, foi o destaque de seu álbum seguinte, o primeiro “MTV Unplugged” de um artista cantando espanhol, lançado com muito sucesso em 2000, e depois agraciado com um Grammy de melhor álbum pop latino.
Faltava, porém, o sucesso em inglês, que veio em 2001 com “Whenever, wherever”, alegre rock de “Laundry service”, seu primeiro álbum na língua de William Shakespeare. Em 2005, Shakira inovaria ao lançar dois álbuns: um em espanhol, para o mercado latino (“Fijación oral, Vol. 1”) e o seu segundo em inglês (“Oral fixation, Vol. 2”).
O disco não ia lá muito bem de vendas em 2006 quando a gravadora teve a ideia de relançá-lo com uma faixa bônus, “Hips don’t lie”, com participação de Wyclef Jean, rapper dos Fugees. Pois a música chegou ao topo das paradas nos EUA, na Austrália e em toda a Europa, virando não só um dos maiores sucessos do ano, como consolidando, enfim, a carreira internacional da colombiana.
Nos últimos 20 anos, Shakira não perdeu seu posto de estrela do pop, mesmo que indo na contramão daquilo que ditava o estereótipo em relação a uma mulher (e a uma mulher latina): os trajes são sumários e as danças, muito sugestivas, mas a cantora jamais se dobrou aos expedientes da vulgaridade (poderia-se dizer que sua nudez é bem casta) e conservou o jeito manso, simpático e caloroso, da menina de Barranquilla. Seus relacionamentos amorosos também foram longos: 11 anos com o argentino Antonio de la Rúa e outros 11 com Gerard Piqué.
De lá para cá, vieram hits como “She wolf” (2009) e “Waka waka (this time for Africa)”, a música oficial da Copa do Mundo de 2010, que a levou a fechar com brilho, no ano seguinte, uma das noites do renovado Rock in Rio. Em 2012, a cantora substituiu Christina Aguilera como treinadora no programa “The voice”, onde ficou por alguns anos. Em 2017, em um momento no qual uma nova geração de astros latinos dominava as paradas mundiais, via streaming, ela lançou o álbum “El Dorado” (dos singles de sucesso “La bicicleta”, com Carlos Vives, e “Chantaje”, com Maluma), ganhador de mais um Grammy de melhor álbum pop latino.
Reveses, sempre há de pintar por aí. E Shakira teve os seus nos últimos anos, não só na separação de Piqué (anunciada em 2022), mas em processos movidos por sonegação fiscal na Espanha (que ela enfrentou na Justiça até chegar a um acordo) e acusações de plágio por “La bicicleta”, “Loca” e até mesmo “Waka waka” e “BZRP Music Sessions #53” — em que o processo envolve Ruan Prado, Luana Matos e Calixto Afiune, autores de “Tu tu tu” (que ficou famosa na voz de Mariana Fagundes e Léo Santana). Sete anos após “El Dorado”, “Las mujeres ya no lloran” veio como uma espécie de resposta a tudo isso: é um disco não só de vingança e rancor, como algumas canções podem sugerir, mas de cura.
As lágrimas que se transformam em diamantes na capa servem de metáfora para as canções contidas no álbum. Em “Punteria”, um house-funk alegre e elegante com a rapper Cardi B, Shakira dá sinais de recuperação (“você tem boa mira/ sabe como me fazer durar, esses idiotas ficam sem bateria”), mas deixa suas fragilidades à mostra em “La fuerte”, com Bizarrap (“guardei beijos para depois, fiquei com vontade/ estaria mentindo para você se dissesse que ver minhas fotos com você não me machuca”). Já na balada “Acróstico”, junto com Milán e Sasha (seus filhos com Piqué), a cantora aponta para a superação (“você tem que rir da vida/ mesmo que as feridas doam”).
E Shakira tem rido da vida. Logo depois do álbum (lançado com sucesso em um período em que concorriam com “Las mujeres ya no lloran” álbuns de pesos pesados como Taylor Swift, Beyoncé, Billie Eilish e Ariana Grande), ela soltou o dançante single “Soltera”, que diz tudo na letra: “Tenho o direito de me comportar mal para me divertir/ estou livre e posso fazer o que eu quiser agora/ é ótimo ser solteira”.
De “Estoy aquí” (que acabou de ganhar um remix funk do produtor brasileiro Papatinho) a “Soltera” estende-se (de acordo com um set list vazado) o show de Shakira na Mujeres Ya No Lloran World Tour. “Girl like me” (dos Black Eyed Peas) e “TQG” (da nova estrela latina — e também colombiana — Karol G) são algumas das músicas de que a cantora participou a serem incluídas num repertório do qual não faltarão os hits óbvios: “Hips don’t lie”, “Ciega sordomuda”, “Whenever wherever”, “Waka waka”, “She Wolf”, “Loca” e “Ojos así”, ao lado das inevitáveis do novo álbum, como “BZRP Music Sessions #53”, “La fuerte” e o “Acróstico”.
Enfim: é hora de o Rio conhecer em primeira mão o renascimento de Fênix da estrela mundial que os brasileiros mais ajudaram a crescer e aparecer.
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