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Após Superliga, brasileiros miram eliminatórias para Mundial de rugby

23 de janeiro, 2025

Seleção busca vaga inédita para competição, que será disputada em 2023 Após ser representado pela primeira vez na Superliga Americana (Slar), o rugby masculino do Brasil se volta às eliminatórias da Copa do Mundo da França, em 2023. Os Tupis, como é conhecida a seleção nacional, buscam disputar a competição pela primeira vez. As duas […]

Seleção busca vaga inédita para competição, que será disputada em 2023

Após ser representado pela primeira vez na Superliga Americana (Slar), o rugby masculino do Brasil se volta às eliminatórias da Copa do Mundo da França, em 2023. Os Tupis, como é conhecida a seleção nacional, buscam disputar a competição pela primeira vez.

As duas primeiras etapas das eliminatórias estão previstas para Montevidéu (Uruguai), em junho. Na inicial, os brasileiros terão pela frente Chile, Paraguai e Colômbia, em formato a ser definido. Os dois melhores se unem os anfitriões uruguaios na segunda fase, que define dois classificados à fase final, que também envolverá Estados Unidos e Canadá, em novembro. Destes quatro finalistas, dois se garantem de forma direta na Copa e um disputa uma repescagem mundial, no ano que vem. Melhor seleção do continente na última edição, em 2019, a Argentina já tem vaga assegurada na França.

“É um caminho muito difícil. Teremos que ganhar de [seleções como] Paraguai e Chile, que está crescendo. Depois, do Uruguai, de quem ainda não ganhamos. O desafio é gigantesco. A maneira mais simples [de lidar] é pensarmos jogo a jogo, trabalharmos duro e chegarmos em nossa melhor versão. A pressão não precisa ser maior do que ela já é”, avaliou o capitão Felipe Sancery em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5).

Os Tupis chegam embalados pelo desempenho na reta final da primeira fase da Slar. A base da seleção masculina disputou a competição pela franquia brasileira Cobras. Além das vitórias sobre Cafeteros Pro (Colômbia), por 22 a 14, e Selknam (Chile), por 21 a 20, nas duas últimas rodadas do segundo turno, realizado em Montevidéu, a equipe teve boa atuação contra o Olimpia Lions (Paraguai), apesar de derrota por 19 a 15. Para efeito comparativo, no turno inicial, em Santiago (Chile), o time verde e amarelo havia perdido dos paraguaios por 44 a 8 e dos chilenos por 66 a 10.

O Cobras finalizou a Superliga em quinto lugar entre seis equipes, com três vitórias em nove jogos, disputados em um intervalo de 42 dias. A franquia não se classificou ao mata-mata, que reuniu os quatro melhores times da primeira fase. Os brasileiros não puderam atuar na primeira rodada, contra o Jaguares XV (Argentina), por causa de um surto de casos do novo coronavírus (covid-19) no elenco, que culminou em uma derrota por W.O.

“Tivemos, primeiro, três casos. Depois, repetimos o teste e apareceram os outros oito. Até a ida para o Chile e o primeiro treino, foram 13 dias isolados no quarto. Foram semanas duras. A gente parava de pensar em desempenho e sim em conseguir participar do Slar. Tentamos adaptar os treinos para o virtual, alguma análise de vídeo do que tínhamos feito, para manter os atletas conectados com o jogo. Fomos bem contra o Peñarol [Uruguai, derrota por 33 a 24], mas isso nos custou a recuperação nos próximos jogos. Oscilamos entre um jogo satisfatório e um ruim. A partir do segundo turno é que nos encontramos como equipe”, analisou Fernando Portugal, assistente técnico do Cobras e treinador dos Tupis.

“Fisicamente, você vai se adaptando. Os caras [preparação física e fisioterapia da seleção] fizeram milagre para a gente se manter em competição. O mais difícil foi o [desgaste] mental. Durante o torneio, você não sente tanto, mas desde que cheguei em casa, parece que peguei um elevador emocional. Nessas horas que você sente a pressão que estava lá”, emendou Felipe.

Os jogadores que estiveram na Superliga terão duas semanas de folga até a retomada dos treinamentos, desta vez visando as eliminatórias da Copa do Mundo. O grupo que disputou a Slar deverá ser reforçado por atletas brasileiros que atuam no exterior e também defendem a seleção nacional.

“Na Slar, pensamos na estrutura, como jogarmos. Terminada a Slar, precisamos nos aperfeiçoar. A ideia é que agora a gente foque a parte técnica, na qualidade individual do jogador para que ele possa desempenhar da melhor maneira. Obviamente, ajustarmos estruturas de ataque e defesa. Teremos cinco semanas de preparação [até as eliminatórias]. Entendemos ser um tempo razoável”, concluiu Portugal.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte: Agência Brasil

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