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Mãe e avó de cinco pessoas que morreram diz ter matado mulher com quem tinha relacionamento
Em mais uma reviravolta do caso do arroz envenenado, a Polícia Civil do Piauí informou ontem (3/2) que Maria dos Aflitos Silva, mãe e avó das cinco pessoas que morreram após comerem a refeição contaminada na noite do réveillon, em Parnaíba, confessou que matou a vizinha Maria Jocilene da Silva. O objetivo era livrar o marido, Francisco de Assis, das acusações de ter assassinado a família. E mais: Maria dos Aflitos e Maria Jocilene tinham um relacionamento amoroso, segundo as investigações.
O delegado Abimael Silva explicou que a relação entre as duas começou antes mesmo do relacionamento dela com Francisco, preso pela morte dos dois enteados e das crianças. Segundo o delegado, elas mantinham um romance discreto: cada uma tinha sua família paralela, embora todos soubessem. No entanto, o relacionamento não teria o motivo do crime.
Maria dos Aflitos e Francisco de Assis estavam juntos há cinco anos e, de acordo com a polícia, tinham uma relação próxima e de parceria. Maria Jocilene sempre demonstrava carinho e preocupação com os filhos e netos de Maria dos Aflitos, segundo os investigadores. O delegado disse que a mulher usava o próprio dinheiro para comprar alimentos e medicamentos para os familiares de Maria dos Aflitos.
De acordo com a investigação, Jocilene chegou a ficar com os netos de Maria dos Aflitos no hospital depois que eles foram envenenados e ela perdeu o emprego por isso. Os meninos João Miguel da Silva e Ulisses Gabriel da Silva morreram em agosto e novembro de 2024.
Em seu depoimento à polícia após ser presa, Maria dos Aflitos confessou ter assassinado Jocilene para livrar Francisco das acusações de ter matado a família. Ela contou que envenenou Jocilene acreditando que isso faria parecer suicídio e ajudaria a libertar o marido.
No dia 22 de janeiro, Maria Jocilene foi até casa de Maria dos Aflitos e passou mal. Para a polícia, Maria afirmou que Jocilene teria sofrido um infarto. Logo depois, em uma gravação de áudio feita pelos próprios policiais, ela diz que Jocilene não foi envenenada. Segundo a investigação, foi uma tentativa de confundir a polícia e encobrir mais um caso de envenenamento dentro de sua casa.
Na confissão, Maria dos Aflitos contou que encontrou o veneno atrás do fogão e colocou todo o conteúdo no café que ela mesma serviu para Maria Jocilene. Em seguida, ela descartou a embalagem no lixo, que foi recolhido pelos garis antes da chegada da perícia.
Jocilene bebeu o café em uma taça e depois usou o mesmo recipiente para tomar água. Cerca de meia hora depois ela começou a passar mal, ainda na casa de Maria dos Aflitos.
Maria Jocilene da Silva morreu dia 24 de janeiro, após ficar internada em estado grave por dois dias.
‑ Ela mistura o veneno com café em uma taça de vidro e dá para Jocilene tomar. Só que o plano da Maria do Aflitos não era ela morrer na mesma casa dos crimes anteriores. Ela planejava que a Jocilene morresse fora de casa. Mas quando a vítima sai da casa para ir no mototáxi que ela sempre pegava, o mototáxi tinha outra corrida e aí disse: “só posso daqui a 30 minutos”. Então Jocilene disse a ele para pegá-la na casa da Maria. E foi por causa desse atraso que mais um envenenamento aconteceu na casa – concluiu o delegado.
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