Além de dar expediente como atriz ao viver Evelyn, de “Mania de você”, Gi Fernandes também é passista da Mangueira. A artista, que se apresentou na madrugada desta segunda-feira (3) na Marquês de Sapucaí, relata preconceito contra mulheres que desempenham essa função em agremiações.

— As pessoas enxergam as passistas somente como aquela mulher que está ali se exibindo, sambando e sorrindo, mas elas não veem que, por trás daquela mulher, tem uma mãe, professora, policial, atriz, médica, faxineira… As pessoas não enxergam a passista como um ser humano com vontades e sonhos. Somos sempre estereotipadas como sedutoras. A gente é muito julgada — afirma a jovem, de 20 anos, que há 4 é passista da Verde e Rosa.

Desde pequena, Gi seguia a mãe, Vania, porque ela não tinha com quem deixar a filha quando ia trabalhar. Como ela era professora de dança, a atriz deu seus primeiros passos nas aulas dela.

—Quando eu tinha 6 anos, ela me levou para a quadra da Unidos de Vicente de Carvalho. Tirei o sapato e comecei a sambar. Era um lugar que me tranquilizava de forma inexplicável. O barulho da bateria me acalmava. Sinto que tenho um superpoder quando estou sambando (risos) — conta.

Gi Fernandes passou pela Imperatriz antes de chegar na Mangueira

Antes de ser passista da Mangueira, Gi também participou da ala mirim da Imperatriz Leopoldinense.

— Fiquei na Imperatriz durante sete anos, primeiro na ala infantil, depois na ala de passistas mirins, a partir dos 9. Só que o meu coração sempre foi verde e rosa, mesmo minha família sendo Portela e Caprichosos. Decidi entrar na ala das crianças lá e virei passista da escola aos 16 anos — detalha.

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