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Lula reúne Alcolumbre e Hugo Motta em exibição de ‘Ainda Estou Aqui’ no Palácio da Alvorada
Presidentes do Senado e da Câmara foram convidados junto com outros ministros e líderes parlamentares
Três deputados querem comandar o bloco; principal racha ocorre entre Otoni de Paula e Gilberto Nascimento, ambos ligados à Assembleia de Deus de Madureira
Sem perspectiva de consenso interno, a Frente Parlamentar Evangélica realizará, pela primeira vez, uma eleição para escolher seu próximo líder. Três candidatos disputam a presidência do bloco: Otoni de Paula (MDB-RJ), que tem se aproximado do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Gilberto Nascimento (PSD-SP), apoiado pela ala bolsonarista; e Greyce Elias (Avante-MG), que se apresenta como alternativa à polarização e pertence à Sara Nossa Terra.
A disputa principal ocorre entre Otoni e Nascimento, ambos ligados à Assembleia de Deus de Madureira, presidida pelo bispo Abner Ferreira. Nos bastidores, especula-se sobre uma possível aliança entre Nascimento e Greyce, mas ambos negam essa possibilidade, apesar dos elogios mútuos.
— Tenho admiração pelo trabalho do Gilberto e por sua trajetória na vida pública, mas não conversamos sobre isso — afirmou Greyce Elias.
Os três candidatos garantem que a eleição ocorrerá nesta terça-feira e que o resultado dependerá da capacidade de mobilizar apoiadores em uma semana com poucas atividades legislativas devido à proximidade do carnaval.
Tradicionalmente, a Frente Parlamentar Evangélica escolhe seus líderes por consenso. Em 2023, diante da falta de unanimidade, Otoni retirou sua candidatura e foi estabelecido um acordo de presidência alternada entre Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM). Esse histórico é um dos fatores que explicam o apoio dos atuais dirigentes a Otoni. No entanto, ele enfrenta forte resistência da ala bolsonarista, que ameaça deixar a bancada caso ele seja eleito, temendo um alinhamento com o governo federal.
Em entrevista ao Globo, Otoni lamentou o que chamou de “factoides” e tentativas de desmerecimento atribuídas a aliados de Gilberto Nascimento. Embora afirme ter uma boa relação com seu concorrente, caracteriza seu entorno como “pesado”. Nascimento, por sua vez, descreveu Otoni como um “bom menino” e recordou o primeiro encontro com o deputado na casa do avô dele em Nova Iguaçu.
— É só ir à minha rede social para ver o governista estranho que eu sou. Estamos vivendo um extremismo tão grande que qualquer aproximação e diálogo são vistos como algo absurdo — afirmou Otoni.
A aproximação mencionada por Otoni refere-se a um encontro realizado no fim do ano passado, quando representou a frente em uma reunião no Palácio do Planalto, na qual o presidente Lula sancionou o Dia Nacional da Música Gospel. O episódio gerou críticas, especialmente após o discurso do deputado com elogios ao petista. Além disso, na eleição municipal do Rio de Janeiro, Otoni apoiou a reeleição de Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula, o que irritou lideranças religiosas bolsonaristas.
Enquanto Otoni nega ser governista, Gilberto Nascimento rejeita o rótulo de bolsonarista.
— Nem bolsonarista, nem lulista, sou um homem do diálogo. Não tenho essa questão de estar de um lado ou do outro, acho que é preciso equilíbrio. A frente tem um lado espiritual e bandeiras definidas. Nossos partidos vão do PSOL ao PL, então é necessário diálogo e pacificação — afirmou Nascimento ao Globo.
Apesar de elogiar os dois adversários, Nascimento ressalta sua experiência como um de seus principais atributos que o cacificariam para o posto.
Seus aliados também destacam seu papel como um dos precursores da Frente Parlamentar Evangélica, criada em 2003. Delegado da Polícia Civil e em seu quarto mandato na Câmara, ele é respeitado na bancada e conta com o apoio do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e do líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).
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