
Arrecadação federal bate recorde em maio e atinge R$ 230 bilhões
Acumulado do ano em R$ 1,2 trilhão também é o maior da série histórica
Copom prevê novo aumento de 1pp, para 14,25%, em março
O Banco Central detalhou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano, na ata da reunião nesta terça-feira. No documento, o colegiado repete a sinalização de novo aumento de 1 ponto percentual no próximo encontro, em março, quando os juros devem chegar a 14,25%, maior patamar desde outubro de 2016.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o BC, acrescentando que vai avaliar a evolução da dinâmica inflacionária, das projeções de inflação, da situação da atividade econômica e do balanço de riscos.
Foi a primeira reunião do Copom sob o comando do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Também estrearam no comitê os diretores Nilton David (Política Monetária), Gilneu Vivan (Regulação) e Izabela Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta). O colegiado agora é formado por sete indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dois diretores que já estavam no BC durante a gestão de Jair Bolsonaro.
No comunicado da semana passada, o Copom destacou que o cenário atual exige uma política monetária mais contracionista devido à desancoragem das expectativas, que se distanciaram mais da meta em relação ao encontro anterior, à elevação das projeções de inflação, à resiliência da atividade econômica e à pressão no mercado de trabalho.
A projeção oficial do BC para a inflação no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária (prazo que o Copom mira para convergência à meta), é de 4,0%, 1 ponto percentual acima do alvo de 3,0%. No fim deste ano, a previsão subiu de 4,5% para 5,2%.
Além disso, segundo o Itaú, entre o Copom de dezembro e o de janeiro, o aumento das expectativas de inflação do mercado, medido pelo Boletim Focus, teve a maior deterioração em mais de 10 anos considerando o intervalo de duas reuniões do comitê.
Em relação à atividade econômica, o BC moderou a avaliação ante o Copom de dezembro destacando que “tem apresentado dinamismo”, retirando o tom de surpresa com o ritmo de crescimento acima do esperado.
“Entre os riscos de baixa, ressaltam-se impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada; e um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais”, destacou o comitê.
Apesar da mudança, os riscos de baixa continuam numericamente menores do que os de alta, que são três, e a avaliação do BC é que a chance é mais de a inflação superar a projeção atual do que ficar aquém do número esperado.
Os riscos de alta são uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
Acumulado do ano em R$ 1,2 trilhão também é o maior da série histórica
Valores são depositados em contas abertas automaticamente na Caixa
Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília
Com adicionais, valor médio do benefício está em R$ 666,01