VARIEDADES
Belo conta a sua versão sobre prisão: ‘Foram 3 anos e 8 meses vivendo esse inferno, lutando pela minha inocência’
28 de novembro, 2024 / Por: Agência O GloboPagodeiro revisita casos polêmicos de suas prisões em documentário lançado nesta quinta (28) no Globoplay
Belo já foi preso três vezes desde 2002. Hoje um dos maiores astros do pagode e da música romântica no Brasil, ele passa a limpo essas fases polêmicas e outras passagens de sua vida pessoal e profissional no documentário “Belo, perto demais da luz”, que foi lançado nesta quinta-feira (28) no Globoplay. Ao Globo, o cantor afirmou que “foi muito ruim de revisitar” esses momentos e classificou o período na prisão como um “inferno”.
— Acho que eu estava no lugar errado na hora errada, fui por um caminho que não era para ter ido. Me arrependo muito, mas sei que, se fosse nos dias de hoje, nada disso teria acontecido. Eu era um cara muito novo que estava chegando ao Rio e não conhecia essa cidade. Não foi simplesmente uma prisão, existe uma história atrás de tudo isso que, para mim, foi muito ruim de revisitar — recorda o pagodeiro.
A primeira prisão de Belo, em 5 de junho de 2002, ocorreu por suspeita de envolvimento com traficantes. Na ocasião, ele passou 37 dias na carceragem da Delegacia Antissequestro (DAS). Depois, em 5 de novembro de 2004, o cantor foi detido em casa, escondido em um quarto com paredes falsas após a sua condenação a oito anos de prisão em regime fechado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Após a segunda prisão, Belo só foi conseguir o direito à liberdade condicional pela primeira vez em 2007. Depois ainda foi detido por ter promovido aglomeração em meio à pandemia durante um show na Maré.
— Foi um momento de angústia e tristeza, um momento de sair da minha casa com três carros na garagem, morando superbem, com uma conta bancária extraordinária, sem preocupação nenhuma na vida… De sair do céu para o inferno do dia para a noite. Foram três anos e oito meses vivendo esse inferno, e sempre lutando pela minha absolvição, pela minha inocência — afirma ele.
Hoje, o cantor só tem a comemorar. Depois de uma bem-sucedida turnê com seu antigo grupo, o Soweto, ele está em produções de TV (como ator na série “Arcanjo renegado” e na nova temporada de “Veronika”, ambas também do Globoplay, e como jurado no próximo “The Masked Singer”, da TV Globo), no cinema (em “Caindo na real”), nas águas (mês que vem, no cruzeiro Belo em Alto Mar, com Thiaguinho, Ludmilla, Ferrugem e todo mundo que é alguém no pagode) e em muitos palcos (no dia 1º, ele canta na Arena Jockey, na Zona Sul do Rio, com o grupo Pixote).
— Pouco antes do meu documentário, fiz ‘Veronika’, e o José Júnior (produtor, roteirista e fundador do AfroReggae), me deu o personagem de um policial de São Paulo que vem ao Rio para ficar na DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), a mesma divisão que me prendeu em 2000. Ali eu já comecei a viver uma experiência de volta. Graças a Deus, há algum tempo saí das páginas policiais e fui para as páginas artísticas, e o documentário explica como isso aconteceu — disse ele.