Após interromper uma agenda em Goiás na última sexta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em casa, em tratamento para uma pneumonia infecciosa. Ele segue com episódios de soluço, mas, segundo aliados, trabalha normalmente e tem feito ligações a interlocutores políticos.

Bolsonaro passou por exames no sábado, que indicaram infecção. O PCR estava elevado, o que reforça a hipótese de um processo inflamatório. Apesar disso, os exames de sangue e urina apresentaram resultados normais. O tratamento inclui antibióticos por sete dias.

Embora a recomendação médica seja de repouso e redução de atividades públicas, o ex-presidente confirmou presença em uma manifestação no fim de semana, em São Paulo, e manterá viagem a Belo Horizonte na próxima quinta-feira.

A agenda na capital mineira envolve um evento onde políticos locais se filiaram ao PL, na Lagoa da Pampulha.

Na sexta, ele teve um pico de pressão (14 por 9), cancelou compromissos e retornou a Brasília, onde permaneceu em repouso. No dia anterior, já havia se queixado de sintomas durante uma cerimônia em Goiás, onde recebeu o título de cidadão goianiense.

— Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia — disse, enquanto soluçava no discurso.

O mal-estar ocorre cerca de dois meses após Bolsonaro ter passado por mais uma cirurgia abdominal. Desde o atentado a faca durante a campanha de 2018, ele acumula sete procedimentos cirúrgicos e apresenta complicações recorrentes.

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