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Em nota, equipe médica afirma operação foi de ‘grande porte’ e não houve necessidade de transfusão de sangue

A cirurgia para desobstrução do intestino do ex-presidente Jair Bolsonaro terminou após 12 horas. Segundo boletim médico, os profissionais finalizaram a intervenção para descolar as chamadas “aderências” no órgão, que já passou por outras seis cirurgias desde a facada de 2018. Ainda de acordo com o comunicado, Bolsonaro está sem dor e em situação “estável”.
“O ex-Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido a cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal. O procedimento de grande porte teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”, diz trecho do comunicado dos médicos que fizeram a cirurgia no DF Star.
Os profissionais acrescentaram que a “obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências. Encontra-se no momento na Unidade de Terapia Intensiva, estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”.
Nas redes, Michelle relatou que o procedimento foi finalizado com “sucesso”.
“Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações. Meu coração transborda de gratidão a cada um de vocês que tem orado, enviado mensagens e intercedido pelo meu amor. Obrigada por estarem conosco nesse momento mais delicado. Seguimos firmes, com fé e esperança”, escreveu Michelle.
A coletiva dos médicos, porém, foi postergada para a manhã de segunda-feira.
Bolsonaro passou mal na sexta-feira no Rio Grande do Norte, após sentir os efeitos da retenção intestinal, e foi transferido no sábado para a capital do Distrito Federal. A operação começou pouco depois das 10h deste domingo, no DF Star. O problema de saúde é uma sequela do ataque desferido há sete anos.
Pouco antes do término da operação, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) falou sobre o caso a jornalistas e apoiadores do ex-presidente.
– Toda cirurgia no intestino é delicada e não estamos falando de um menino, é uma pessoa que já tem uma idade e que já passou por essa cirurgia. São sequelas. A família sempre soube que ele nunca teria uma vida normal depois que tentaram matá-lo.
O ex-presidente passou neste domingo por uma “laparotomia exploradora”, cirurgia que consiste em cortar o abdome para examinar os órgãos internos.
No caso de Bolsonaro, houve o diagnóstico de retenção do fluxo do intestino. O objetivo, então, foi descolar “aderências” que bloquearam a digestão do ex-presidente. Depois, houve a reconstrução da parede abdominal, feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.
Na noite de sábado, um dos médicos da equipe que acompanha o ex-presidente, Leandro Echenique explicou como seria feita a cirurgia.
— É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças (intestinais). Vai tirar a tela (implante que reforça a musculatura) que ele tem, recolocar, então vai ser feita (a desobstrução). Então é uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado, desde 2018, quando ocorreu a facada.
Mais cedo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que a cirurgia no intestino de Bolsonaro deveria terminar entre 19h e 20h. Mas a operação só foi finalizada depois de 21h.
O ex-presidente participava na sexta-feira de manhã de um ato político no Rio Grande do Norte quando começou a sentir dor na região da barriga. Ele foi atendido às 11h15 num hospital na cidade de Santa Cruz, a 115 quilômetros da capital potiguar, e depois foi transferido para Natal. Segundo boletim médico anterior, Bolsonaro apresentava um quadro de distensão abdominal.
Ao avaliar a situação de saúde, a equipe médica ficou preocupada com indícios de piora no quadro apresentado pelo ex-presidente. Desde a facada, Bolsonaro tem histórico de interrupção do trânsito no intestino, que é controlado a partir de medicação.
— Da forma como ele chegou, bastante desidratado, [com] muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões — afirmou em coletiva o médico Claudio Birolini, que acompanha o quadro clínico de Bolsonaro e participou da cirurgia em Brasília.
Alguns conselheiros queriam que ele fosse acompanhado em São Paulo pela equipe do médico Antonio Luiz Macedo, que monitora o estado de Bolsonaro desde a época da facada em 2018.
Michelle Bolsonaro, porém, se opôs à ideia e optou por realizar a cirurgia em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em parede abdominal.
A obstrução intestinal, causa da atual internação de Bolsonaro, ocorre quando há bloqueio do intestino, parcial ou completo, o que impede o funcionamento normal do sistema digestivo ou a passagem das fezes. O ex-presidente também foi hospitalizado devido ao problema em maio do ano passado, em 2023 e em 2021. Em 2023, chegou a ser operado para resolver a obstrução.
Segundo informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a obstrução intestinal pode ter diferentes causas. As mais comuns são aderências (faixas de tecido fibroso feitas por cicatrizes), tumores e hérnias. Casos como o de Bolsonaro, de pacientes que foram submetidos previamente a operações abdominais, são comuns devido às cicatrizes.

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