Filho de Bolsonaro tenta convencer staff de Trump a lamentar ausência do pai
20 de janeiro, 2025Diálogos para que Trump mencione Bolsonaro em meio aos agradecimentos têm sido conduzidos por Eduardo Bolsonaro
Sem conseguir reaver o seu passaporte para comparecer à posse, Bolsonaro não usou a vestimenta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a confeccionar um traje de gala para a posse do presidente americano Donald Trump, nesta segunda-feira. A estilista Cynara Boechat postou um vídeo, no qual Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparecem vestidos com as roupas feitas sob medida. Entretanto, sem conseguir reaver o seu passaporte para comparecer à posse, Bolsonaro não usou a vestimenta.
“Este smoking foi cuidadosamente escolhido para a posse presidencial em Washington, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria presente a convite do presidente Donald Trump. Porém, o destino tomou outro rumo, e a ocasião não aconteceu. Ainda assim, essa peça carrega a história de dedicação e excelência, representando o compromisso com a elegância e o respeito em qualquer cenário”, escreveu a costureira.
Em seu perfil, Cynara se define como “personal stylist” de grandes nomes da mídia. Cantores sertanejos e outros artistas aparecem vestidos com as suas roupas.
Ausente à posse de Trump por não ter conseguido autorização para deixar o Brasil, Bolsonaro é representado no exterior pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro que fez uma videochamada com o marido durante um jantar de gala em Washington neste domingo. O momento foi registrado por Eduardo Bolsonaro em um vídeo publicado nas redes sociais. No post feito por Eduardo, Bolsonaro aparece sorrindo ao falar com Michelle, sendo também mostrado o ambiente em que se realizava um evento à luz de velas para os convidados de Trump no National Building Museum, na capital dos Estados Unidos. “Essa maldade vai acabar, podem anotar”, escreveu o deputado na legenda do post.
Além de Eduardo e Michelle, pelo menos 30 deputados e senadores devem comparecer à posse, segundo um interlocutor. Estão na lista aliados próximos do ex-presidente, como Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do próximo líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante (PL), e dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Eduardo tem a missão de fazer com que o mandatário americano cite o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um discurso. Caso isto não seja possível, Eduardo tenta que Trump faça um um vídeo lamentando a ausência do direitista brasileiro. Os diálogos para que Trump mencione Bolsonaro têm sido conduzidos por Eduardo Bolsonaro com Donald Trump Jr e o objetivo é fazer com que o presidente americano lamente a ausência do ex-presidente brasileiro, enquanto faz os agradecimentos aos chefes de estado presentes. Estarão presentes nomes como Javier Milei, presidente da Argentina, Nayib Bukele, presidente de El Salvador, e Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália.
Ao mencionar Bolsonaro, aliados o reforçariam como único nome viável deste campo político, respeitado por autoridades internacionais, e com isto refutariam outros nomes que se insurgem neste campo político, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e o cantor Gusttavo Lima, que sonham em concorrer ao Palácio do Planalto nas próximas eleições.
Em um almoço organizado com aliados neste domingo, o estrategista político e ex-assessor de Donald Trump Steve Bannon afirmou que o ex-presidente brasileiro foi barrado de comparecer à posse porque “o Brasil comunista e marxista segurou o seu passaporte”. Durante o seu discurso, ele também fez uma homenagem à comitiva de parlamentares bolsonaristas presentes e se referiu a Eduardo Bolsonaro como o “o futuro presidente do Brasil”.
— Essa é uma das pessoas mais importantes no nosso movimento pela soberania ao redor do mundo. E acho que um dia, e num futuro não tão distante, (será) o presidente do Brasil — disse Bannon ao receber o deputado no palco.
Em resposta, Eduardo relatou que a inelegibilidade do pai foi determinada por ele ter se “encontrado com embaixadores no meio do processo eleitoral” e afirmou que espera que, assim como os Estados Unidos reconduziram Trump à Casa Branca, o Brasil reeleja Bolsonaro em 2026.
Diálogos para que Trump mencione Bolsonaro em meio aos agradecimentos têm sido conduzidos por Eduardo Bolsonaro
Encontro também servirá para que ministros apresentem seus planos do que pretendem realizar nas respectivas pastas em 2025
Nos 26 municípios, apenas duas representantes do sexo feminino foram eleitas: Emília Corrêa (PL), em Aracaju, e Adriane Lopes (PP), em Campo Grande
O ministro da Justiça e Segurança e Pública, Ricardo Lewandowski, assinou nesta sexta-feira três portarias com medidas para a segurança pública