
Evento do PL com Bolsonaro tem aceno de vice-presidente da Câmara à candidatura de Michelle e Zambelli ignorada
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Bolsonaro exerce influência sobre boa parte da bancada do Republicanos na Câmara e no Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ouviu pressões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação aos votos do seu próprio partido para o projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, durante encontro nesta quarta-feira. Bolsonaro disse a Motta que espera ter a totalidade dos votos do Republicanos para a matéria e lembrou que em São Paulo, reduto eleitoral de um dos seus principais aliados, o governador Tarcísio de Freitas, o Republicanos não entregou assinaturas valiosas à urgência da proposta, como a do deputado Celso Russomanno.
Embora seja do PL, Bolsonaro exerce influência sobre boa parte da bancada do Republicanos na Câmara e no Senado. Alguns dos principais nomes do partido, como os senadores Hamilton Mourão (RS) e Damares Alves (DF), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já se posicionaram pela anistia. O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, tem sido pressionado a trabalhar pelo número máximo de assinaturas, mas questiona se este seria o melhor momento para pautar a anistia. Por isso, Bolsonaro passou a recorrer a Motta.
A reunião entre eles não constava na agenda oficial divulgada diariamente por Motta, foi divulgada por Bolsonaro e confirmada pela assessoria do presidente da Câmara.
— Se a gente conseguir as assinaturas, ele vai colocar em votação, tenho certeza disso — disse Bolsonaro em podcast
O presidente da Câmara cancelou a reunião de líderes desta quinta-feira, que ocorre semanalmente. O líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ), pretendia cobrar Hugo Motta para pautar a urgência da anistia nesse encontro.
Segundo aliados, Motta vem articulando com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma solução para o debate sobre anistia aos acusados e condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Ele estaria tentando um meio-termo que agrade bolsonaristas e seja, ao mesmo tempo, aceito pelo governo.
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