
Gourmet Brasília
Domingo é dia do pão de queijo
Quem não gosta de pão de queijo? Eu sou mineiro, de Tocantins, na Zona da Mata e, gosto mais ainda por causa disso.
Não frequento manicures há muitos anos. Nenhuma restrição aos profissionais da área e muito menos às unhas pintadas que sempre achei lindas. Sabe o que me fez parar? A cena do pé no colo da moça, mais ainda a cena em que há duas moças uma com a mão e outra com o pé. Não …
Não frequento manicures há muitos anos. Nenhuma restrição aos profissionais da área e muito menos às unhas pintadas que sempre achei lindas. Sabe o que me fez parar? A cena do pé no colo da moça, mais ainda a cena em que há duas moças uma com a mão e outra com o pé. Não é possível que eu não dê conta de cuidar do meu próprio pé. Não é possível que essa pessoa naquele banquinho mínimo, olhando pra baixo o expediente inteiro, não sinta dor nas costas no fim do dia.
Hoje dou conta. E sinto, eu mesma, as costas quando o último dedinho está pronto. Fica tão bem feito quanto? Claro que não. Mas, para mim, é o suficiente. Ao parar de frequentar os salões, parei também com o hábito de arrancar as cutículas. Desde então, a ideia de, semana após semana, cortar um pedaço da pele viva, funcionando perfeitamente, e jogá-la fora me parece quase absurda.
E, a essa altura, acho mais do que justo se você estiver pronto para parar de me ler. O mundo se acabando e essa doida a problematizar os esmaltes, as acetonas e os alicates. Sabe o que é, minha gente? É que por muito tempo, meu pé pesando no colo de uma outra pessoa não foi uma questão. É que por muito tempo, eu nem sequer pensava nas costas de ninguém enquanto folheava uma revista velha qualquer. Se brincar, ainda aceitava um cafezinho.
Essa é a primeira semana do ano novo, não escolhi usar nestes últimos parágrafos os marcadores tempo – ano, semana, dia, expediente, hoje – à toa . Embora tenha ouvido de muitos analisandos, lido várias vezes nas redes sociais e até pensado aqui comigo mesma, que do dia 31 ao dia 1 pouco muda, estou convicta de que pode sim permanecer tudo como está. Mas podemos também nos convidar ao novo. Nos convidar a manter o que está vivo, mas cortar, arrancar sem dó, o que já não faz sentido. Nos convidar, ao menos, a pensar sobre o velho, usual. Por onde andam pisando os seus pezinhos e em quem esse pisar pode estar pesando? Quase um trava-língua, não? Não deixe travar nada além da língua. Dá um medo danado se questionar. Mas começo o ano já te dando a real, não tem outro jeito de caminhar pra frente. Bora de novo? Mas, bora novo?
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quemmandaaquisoueu – Verdadesinconfessàveissobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
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Quem não gosta de pão de queijo? Eu sou mineiro, de Tocantins, na Zona da Mata e, gosto mais ainda por causa disso.
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Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…