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Alvinegro não conseguiu a contratação de André Jardine e segue no mercado em busca de um substituto para Artur Jorge

A uma semana do início do Campeonato Carioca, torneio que abre o calendário dos principais estaduais do Brasil, o Botafogo segue como o único clube da Série A que ainda não conseguiu definir quem será o treinador da equipe para a temporada. Ontem, o alvinegro recebeu a negativa de André Jardine para a oferta que havia feito ao atual técnico do América-MEX. O alvinegro oferecera um contrato de dois anos e com valorização salarial em relação ao que o comandante recebe no time mexicano.
A confirmação do “não” de André Jardine ao Botafogo foi dada pelo próprio treinador. Depois de aproveitar as férias no Brasil, o comandante desembarcou ontem na Cidade do México para se reapresentar no América para o início da pré-temporada. Questionado pela imprensa local sobre a proposta do alvinegro, o técnico garantiu, sem hesitar, que permanece no clube onde é ídolo e conquistou quatro títulos em pouco mais de um ano.
— (Estou) voltando ao trabalho, muito motivado. Acredito que essa semana vamos esclarecer tudo com o América e faremos uma entrevista coletiva mais organizada. Sim (eu fico), aqui estamos. Vamos com tudo — disse Jardine, que ainda no Brasil, antes de embarcar, comunicara ao Botafogo e a seu clube a decisão.
Horas depois, o próprio América do México confirmou a permanência do treinador por meio de nota oficial. “Santiago Baños, presidente esportivo, assim como André Jardine, toda a equipe e toda a comissão técnica têm um compromisso comum: continuar juntos, na busca pelo tetracampeonato”, dizia o comunicado.
Desde que a saída de Artur Jorge para o Al-Rayyan havia sido encaminhada, André Jardine despontou como plano A do Botafogo. Dono da SAF do alvinegro, John Textor entrevistou algumas opções além do brasileiro, mas optou por priorizá-lo. Agora, sem um acerto, o empresário americano voltará às buscas. A ideia de Textor é contratar um técnico que tenha características ofensivas, não seja tão centralizador, e que tenha boas ideias e capacidade de adaptação. Foi com esse perfil, inclusive, que Artur Jorge se sagrou campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro.
A busca por um treinador no período entre as temporadas não foi exclusividade do Botafogo. Entre os 20 times que disputarão a Série A do Brasileirão em 2025, seis deles — incluindo o alvinegro — não serão comandados pelo mesmo técnico que terminou a temporada passada. O número, que representa um índice de 30%, é três vezes maior do que o do ano passado. As justificativas para tal fenômeno variam entre o recebimento de propostas de outros clubes, como foi o caso de Artur Jorge, demissão por descontentamento das diretorias com o desempenho das equipes, e a falta de acordos para renovações contratuais.
Por outro lado, os altos índices de manutenção de trabalho de um ano para o outro (90% em 2023 para 2024 e 70% de 2024 para 2025) não são sinônimos de estabilidade para os treinadores. Em 2024, 15 dos 20 técnicos que começaram o ano empregados em times da Série A não conseguiram chegar até o fim da temporada. Oito deles, inclusive, deixaram o cargo antes mesmo do início do Brasileirão.
Um retrato disso é que, entre os 14 treinadores que seguirão de 2024 para 2025, a média de tempo no cargo não chega a um ano (11,9 meses). Abel Ferreira, com quatro anos e três meses no Palmeiras, e Juan Pablo Vojvoda, que está há três anos e nove meses no Fortaleza, são exceções que jogam a régua para cima.
Entre os comandantes que permaneceram nas suas equipes para 2025, pode-se dizer que o mais “pressionado” de todos é Fernando Diniz. Contratado pelo Cruzeiro em setembro do ano passado, o treinador não teve um bom retrospecto sob o comando da equipe. Foram apenas três vitórias em 15 partidas, com outras seis derrotas e seis empates. Vice-campeão da Sul-Americana com um revés por 3 a 1 na final, o técnico esteve próximo de deixar o time em dezembro após rusgas com o diretor de futebol Alexandre Mattos. As desavenças se tornaram públicas após reclamações de Diniz, que se disse “desrespeitado” com os rumores de uma demissão.
Ainda que posteriormente Mattos e Pedrinho Lourenço, presidente da SAF cruzeirense, tenham confirmado a permanência de Fernando Diniz, é inegável que a turbulência da temporada passada modifica a análise deste início de ano. Além disso, a alta expectativa da torcida e até da diretoria na equipe, muito por conta dos reforços de peso contratados, aumenta ainda mais a pressão em cima de Diniz.
Outros dois treinadores que também precisarão ter atenção redobrada neste início de ano serão Ramón Díaz, do Corinthians, e Rogério Ceni, do Bahia. Por mais que ambas as equipes sejam favoritas nos confrontos da segunda fase da Pré-Libertadores contra Universidad Central-VEN e The Strongest-BOL, respectivamente, é fato que o risco de uma eliminação nesta que é a principal competição do calendário sul-americano pode fazer com que os dois balancem nos cargos atuais.

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