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A disparidade financeira é uma força inegável em confrontos entre times brasileiros e venezuelanos, como acontecerá duas vezes hoje, quando Botafogo e Vasco recebem Carabobo e Puerto Cabello por Libertadores e Sul-Americana, respectivamente. Partidas que ganham ar de “três pontos obrigatórios”, dado este cenário e o retrospecto — o aproveitamento dos brasileiros é de 83%, com apenas duas derrotas em casa, a última em 1971 (Fluminense 0 x 1 Deportivo Itália). Ao mesmo tempo, os clubes venezuelanos, em sua maioria jovens, vêm construindo uma trajetória de crescimento, embora tímido, nas grandes competições.
Pode-se dizer que o Carabobo tem uma história de “sucesso-relâmpago” no futebol. Com 28 anos de existência, já que foi fundado em 26 de fevereiro de 1997, o clube está em sua quinta edição de Libertadores — em 2023, foi eliminado na fase prévia pelo Atlético-MG —, sendo esta a primeira vez que disputa a fase de grupos do torneio. Vice-campeão venezuelano em 2024, “La Vinotinto Regional”, como é conhecido localmente por ter o uniforme com as mesmas cores da seleção do país, o clube fica localizado na cidade de Valencia, a 120 km de Caracas, capital do país. A estrutura é modesta, com um estádio alugado pela prefeitura, com capacidade para 10.400 pessoas.
O curioso nome do clube se dá por conta da Batalha de Carabobo, quando o exército venezuelano liderado por Simón Bolívar guerreou com os espanhóis colonizadores pela independência da Venezuela.
Com jogadores desconhecidos no futebol sul-americano, o principal nome do time é o do jovem técnico espanhol Diego Merino, de 36 anos. Com preferência pelo 4-3-3, a equipe tem, entre os prováveis titulares, cinco venezuelanos, três argentinos, dois colombianos e um uruguaio. Primeiro rival venezuelano do Botafogo na Libertadores, o Carabobo tem um brasileiro entre os ídolos da torcida: trata-se de Antonio Steimbach, zagueiro e volante carioca que defendeu o clube por oito anos.
O Vasco, por sua vez, encara uma das equipes mais jovens e promissoras da Venezuela. Projeto nascido em 2014, o Puerto Cabello escalou as divisões do país enquanto se cercava de uma estrutura que faz inveja até a equipes brasileiras. O Complexo Desportivo do clube, que já recebeu investimento público e privado de mais de 20 milhões de dólares (R$ 118 milhões, na cotação atual), tem sete campos, sendo dois em tamanho oficial — entre grama sintética e natural —, ginásios, salas de aula e de conferência, e até quartos para concentração e hospedagem.
Sediado na cidade litorânea de mesmo nome, no mesmo estado de Carabobo, o clube faz sua terceira participação na Copa Sul-Americana, a segunda na fase de grupos. Em 2023, viajou para fora da Venezuela pela primeira vez, quando perdeu por 2 a 0 para o São Paulo.
O time já teve um dos elencos mais valiosos do país. Hoje, o investimento é um pouco menor, mas o clube está de olho em mercados fora do circuito tradicional. A equipe tem atletas de Senegal, Nigéria, Guiné-Bissau, Gana, Tunísia, Suíça e Portugal no elenco. O técnico é Vasco Faísca, português com passagens pelo time B do Braga, Farense e Belenenses.
Sem Igor Jesus, expulso nos minutos finais da estreia na Libertadores contra a Universidad de Chile, na semana passada, o Botafogo deve ter Mastriani no comando do ataque para a partida de hoje, contra o Carabobo, pela competição continental. O uruguaio estreou pelo clube no sábado, contra o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro, mas permaneceu em campo por apenas três minutos. Ainda assim, é o favorito na disputa pela vaga em relação a Rwan Cruz.
Contratado no início do ano por 8 milhões de euros (cerca de R$ 48,3 milhões), Rwan ainda não se firmou no Botafogo. O atacante sequer foi relacionado para as duas rodadas do Brasileirão até aqui, mas viajou para a estreia na Libertadores, no Chile.
— O Rwan esteve praticamente uma semana fora do Brasil, para tratar de problemas pessoais. Ele veio de um campeonato diferente e precisa de uma adaptação àquilo que é o Campeonato Brasileiro. O Mastriani, não. Para além dos seus 30 e poucos aninhos, já tem mais de duas temporadas no Brasil, com muitos bons números — explicou Renato Paiva após a vitória contra o Juventude.
A temporada das grandes competições está só começando, mas o Vasco já sente o clima de pressão no ar após o empate contra o Melgar e a derrota diante do Corinthians. E o desempenho diante dos venezuelanos, pela segunda rodada do Grupo G, é vital para tentar aliviar a sombra de uma crise.
O cruz-maltino tenta deixar de ser a pior defesa entre os times da Série A no período após o fim dos estaduais. São sete gols sofridos em três jogos. Uma das esperanças é que cresça a sintonia entre a recém-formada dupla de zaga João Victor e Lemos.
No ataque, estarão de volta Philippe Coutinho, Benjamín Garré, Pablo Vegetti e Nuno Moreira . Os dois últimos chegaram a entrar em campo na Neo Química Arena, enquanto o camisa 11 vai totalmente descansado para o jogo de hoje. Depois da partida de sábado, Carille confirmou que manterá Garré no time titular.
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