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Botafogo faz jogo histórico e derrota gigante PSG no Mundial de Clubes; leia análise

20 de junho, 2025 | Por: Agência O Globo

Alvinegro conseguiu equilibrar as ações no início, sofre aperto no final, mas leva vitória contra atual campeão da Champions League

Igor Jesus abre placar em jogo do Botafogo contra PSG —  Foto: Vitor Silva/Botafogo

Contrariando as expectativas, o Botafogo conseguiu fazer uma partida mais do que competitiva com o gigante europeu e atual campeão da Champions League, PSG-FRA, pela segunda rodada do grupo B, da Copa do Mundo de Clubes. O alvinegro não apenas saiu na frente, com Igor Jesus, como forçou os franceses a colocarem os melhores jogadores em campo — somente seis dos titulares começaram o jogo — e ainda assim não encontraram formas de empatar o jogo.

O favoritismo fez com que o PSG passasse os primeiros minutos do jogo com a bola, com muita movimentação e passes rápidos no ataque, no entanto, a equipe alvinegra dificultou a criação da equipe parisiense ao congestionar o meio, diminuindo o espaço para o meia Vitinha acionar os atacantes.

Com isso, o PSG pouco conseguiu progredir para lances perigosos nos primeiros minutos, além da falta cobrada pelo atacante georgiano Khvicha Kvaratskhelia, no metade do primeiro tempo.

Quando o inverso acontecia, o PSG conseguia formar uma sólida linha de pressão com os atacantes e meias pressionando logo após perderem a bola.

No entanto, em uma sáida rápida, pegando a defesa francesa desguarnecida, o Botafogo conseguiu um contra-ataque que gerou o inesperado gol, aos 35 minutos. Em rápida transição da defesa para o ataque, o meia Savarino recebeu um passe e lançou o centroavante Igor Jesus para disputar a bola na corrida contra os zagueiros parisienses.

O atacante driblou o zagueiro Pacho e chutou a bola que, ao desviar no defensor, tirou o goleiro Donnarumma da jogada. Na comemoração, Igor foi em direção à torcida e fez os botafoguenses vibrarem alucinadamente com o placar.

O PSG, no entanto, voltou ao jogo mais ofensivo. Com o meio congestionado para saídas mais construídas, os franceses passaram a insistir em jogadas individuais pelos lados do campo, com o ponta Désiré Doué, na esquerda, e Kvaratskhelia, na direita. O lado do latera-direito Vitinho foi o mais atacado, já que o georgiano ganhava com frequência as disputas com o defensor, embora tenha tido pouca efetividade na resolução das jogadas.

O início do segundo tempo deu o tom do que seria o restante do jogo. Em um dos primeiros lances, John salvou o Botafogo ao defender com o peito a cabeçada de Gonçalo Ramos, após cruzamento para área de Vitinha.

Aos nove minutos do segundo tempo, o técnico do time espanhol, Luis Enrique, voltou com quatro dos seis titulares, que estavam no banco. Entre eles, os meias Fabián Ruiz e João Neves e, também, o lateral-esquerdo Nuno Mendes, apostando no lado direito para incomodar o Botafogo.

A entrada de “sangue novo” desequilibrou a partida. Com jogadores mais desgastados, a equipe alvinegra passou a ter dificuldade de sair com a bola. Artur e Savarino não conseguiram mais ganhar nas disputas de velocidade e a equipe francesa passou a apertar no ataque.

Em resposta, Renato Paiva renovou o lado esquerdo da equipe com Cuiabano e Santi Rodriguez, tirando Savarino e Alex Telles — que pediu para sair.

Ainda assim, a equipe alvinegra continuou sem uma válvula de escape. Artur chegou a sentir câimbras em um contra-ataque e foi substituído pelo estreante Montoro.

Nos últimos minutos do jogo, o confronto se tornou um ataque contra defesa, com o PSG controlando a posse de bola, invertendo o jogo, mas sem ter sucesso em passar pela linha defensiva para finalizar perigosamente ao gol.

Aos 45 minutos do segundo tempo, a equipe francesa teve a chance de fazer um gol quando Montoro fez falta na entrada da área. No entanto, o georgiano chutou rente ao travessão de John.


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