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Presidente da equipe uruguaia acusou o time brasileiro de “criar um clima de guerra”
Os dias que antecedem o jogo de volta da semifinal da Libertadores entre Botafogo e Peñarol estão agitados. Após o Ministro do Interior decidir que o confronto não terá torcida visitante, o presidente da equipe uruguaia, Ignacio Ruglio, divulgou um comunicado à imprensa do Uruguai, reafirmando essa decisão e acusando o time alvinegro de “criar um clima de guerra”.
— Não é uma decisão do Peñarol, é uma decisão do Ministério do Interior do Uruguai baseada no clima de guerra que criou o Botafogo no Rio de Janeiro com seus torcedores emboscando o ponto de encontro que era uma ‘zona liberada’ e ferindo famílias com crianças e mulheres nas proximidades de seu estádio antes e depois do jogo. O Peñarol defenderá seu direito de jogar com sua torcida nesta semifinal da Copa Libertadores. Já sofremos muitos abusos no Brasil para que eles nos obriguem a jogar de forma diferente agora — ressaltou Ruglio no comunicado.
O comunicado do Peñarol veio após o ministro uruguaio Nicolas Martinelli divulgar um ofício, afirmando temer represálias da torcida do time de Montevidéu após os confrontos no Rio de Janeiro, na semana passada. Por isso, o governo solicitou à Federação Uruguaia para que a partida, que se inicia às 21h30 desta quarta, na casa do clube aurinegro, seja realizada com torcida única.
“Esta medida responde a razões de segurança, e procura evitar possíveis represálias que possam desencadear novos distúrbios entre os torcedores de ambas as equipes”, disse Martinelli através do X.
A Federação Uruguaia não se manifestou publicamente, mas encaminhou à Conmebol o pedido do governo para o jogo ser realizado com torcida única.
Em contrapartida, a Conmebol, entidade que organiza a Copa Libertadores, enviou um ofício para o Peñarol com a exigência de que o clube uruguaio garanta a segurança e o acesso da torcida do Botafogo. Ainda no documento, o não cumprimento do pedido pode ser punido com a determinação da realização do jogo com portões fechados, ou com a mudança da partida para outro estádio.
Ontem, a CBF também interveio e solicitou que a Conmebol permita a presença de torcedores do Botafogo no duelo de volta da semifinal da Libertadores, contra o Peñarol, no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu. No ofício enviado, a entidade fala que a proibição fere o respeito ao equilíbrio esportivo, a reciprocidade e as regras pré-estabelecidas.
“Esperamos com isso que a CONMEBOL em respeito ao equilíbrio esportivo, a reciprocidade e em defesa das regras pré-estabelecidas interceda junta as autoridades locais e confirme a presença dos torcedores do Botafogo no Estádio Campeón del Siglo na partida semifinal da CONMEBOL Libertadores 2024, de forma a evitar abrir um perigoso e desnecessário precedente de admitir a realização da partida com torcida única”, pediu a CBF no ofício.
O Botafogo também se manifestou e deixou claro que o pedido de torcida única partiu de “decisão unilateral”. Assim, por meio de nota oficial, o alvinegro se disse “surpreendido” com o ofício publicado pelo governo do Uruguai, e afirmou que a medida “abre um precedente muito perigoso”.
Além disso, o clube também fez questão de lembrar que, conforme consta no regulamento da Conmebol, a obrigação da garantia de segurança na partida é do Peñarol ou da federação uruguaia.
Leia a nota completa do Botafogo:
O Botafogo foi surpreendido, na tarde desta segunda-feira (28), com um ofício do Ministério do Interior do Uruguai formalizando, por razões de segurança, o veto à presença de torcedores do Botafogo no jogo da volta da semifinal da Libertadores, contra o Peñarol, no Estádio Campeón del Siglo.
– O Botafogo discorda veementemente das decisões das autoridades uruguaias. O Clube acredita que o Uruguai é um país que reúne plenas condições para garantir a realização do duelo com total segurança. O Botafogo reafirma ainda que é contra qualquer tipo de violência e que preza por uma disputa leal em campo.
– O Regulamento é claro no sentido de que a obrigação da manutenção da segurança é de responsabilidade do Clube Local ou da Federação/Confederação Nacional. Em face do que foi apresentado, está evidente que o Peñarol e a Polícia de Montevidéu (Policia Nacional do Estado Maior – Ministério do Interior) assumiram a incapacidade em garantir a segurança de torcedores e delegações de ambas as equipes. O Botafogo acredita que essa infração do regulamento não deve passar impune pela CONMEBOL. Por este motivo, estamos acompanhando junto à entidade os desdobramentos para assegurar o estrito cumprimento do Regulamento da Competição.
– Uma decisão unilateral como esta abre um precedente muito perigoso para a competição pois o critério de “falta de segurança” poderá ser usado por qualquer outra agremiação para impedir a entrada da torcida visitante nos jogos CONMEBOL. O Botafogo crê que o clube que não a garantir segurança da torcida visitante não pode ser beneficiado por suas próprias falhas.
– As tensões existentes devem ser resolvidas de forma diplomática pelos clubes. Nesse sentido, o Botafogo tomou todas as providências possíveis — incluindo uma comunicação oficial antes do duelo de ida — onde reforçou a importância de que seus torcedores prezassem pela paz e respeito ao adversário, fato que culminou em um comportamento exemplar dos alvinegros. Porém, o que foi visto desde então, por parte da direção do Peñarol, são discursos inflamados e uma posição contrária à boa prática institucional. Em meio a isso, fica o questionamento: “Ora, se a direção do Peñarol mostrasse uma postura mais construtiva e pacificadora, estaríamos discutindo este tema de segurança no dia de hoje?”
– O Botafogo confia na CONMEBOL para tomar as medidas cabíveis visando a segurança de todos os envolvidos e a manutenção do equilíbrio esportivo.
– Por fim, o Botafogo acionou o Itamaraty, o Ministério dos Esportes e a Policia Federal/Interpol com o intuito de preservar a segurança dos torcedores que estão em Montevidéu.

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