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Brasil somou 4,87 milhões de empresas ativas em 2020

26 de outubro, 2022

Saldo entre entrada e saída de empresas ficou positivo no ano Em 2020, o Brasil tinha 4,87 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões […]

Brasil somou 4,87 milhões de empresas ativas em 2020
Segundo dados do IBGE, mesmo com a pandemia, o saldo final em 2020 foi de 192 mil empresas ativas

Saldo entre entrada e saída de empresas ficou positivo no ano

Em 2020, o Brasil tinha 4,87 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) assalariadas e 7 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Apesar da pandemia de covid-19, o saldo entre entrada e saída de empresas no mercado permaneceu positivo em 2020. Entraram no mercado 826,4 mil empresas e saíram 634,4 mil, com saldo final de 192 mil empresas.

Os dados constam da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo 2020, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, a redução da saída das empresas do mercado em 2020 em relação a 2019, pode ser atribuída a alguns fatores como as políticas públicas que contribuíram para a sobrevivência das companhias, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, e a incerteza da duração da pandemia.
O salário médio mensal teve redução de 3,8% entre 2020 e 2019. Em 2020, era de R$ 2568,48. Em 2019, R$ 2668,62.

A idade média das empresas era de 11,6 anos em 2020, a mesma de 2018 e praticamente a mesma de 2019 (11,7 anos). O setor com o maior saldo de empresas em 2020 (39 mil) foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. O que mais perdeu foi alojamento e alimentação, com menos 4.981 empresas. Segundo o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira, os setores de alojamento e alimentação sofreram impacto gigantesco na pandemia, com fechamento de empresas e dispensa de pessoal. Ele destacou que esses setores empregam majoritariamente mulheres. O estudo observou que a proporção de mulheres assalariadas nas empresas que saíram do mercado (44,1%) foi maior do que nas que entraram (40,5%).

“Essas variações observadas podem estar relacionadas às políticas de saúde adotadas durante a pandemia, como a proibição de serviços de mesa em bares e restaurantes, o fechamento temporário de equipamentos culturais e a suspensão de atividades artísticas e esportivas que envolvem aglomeração de pessoas”, diz o IBGE.

Preços da indústria recuam 1,96% no mês de setembro

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços dos produtos na saída da fábrica, registrou deflação (queda de preços) de 1,96% em setembro. A queda, no entanto, foi mais moderada do que em agosto, quando o IPP teve deflação de 3,04%.
Segundo dados divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 5,87% no ano e de 9,76% em 12 meses. Em setembro, 11 das 24 atividades pesquisadas tiveram deflação. Os principais impactos vieram do refino de petróleo e biocombustíveis (-6,79%), outros produtos químicos (-6,20%), alimentos (-1,13%) e metalurgia (-3,77%).

Por outro lado, 13 atividades tiveram inflação, com destaque para fumo (3,62%) e vestuário (3,50%). Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda de preços veio dos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-2,42%). Também tiveram deflação os bens de consumo semi e não duráveis (-2,01%).