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Prática promete relaxamento, energia e bem-estar, com direito a experiências catárticas
Imagine deitar num colchonete, fechar os olhos e começar a respirar de forma intensa, circular, sem pausas. Minutos depois, seu corpo começa a formigar ou a ficar dormente, lágrimas escorrem sem você saber por quê, e uma sensação de leveza o invade. Tudo isso apenas com inspirações e expirações. Ou melhor, com o “breathwork”. Há anos, a meditação, a ioga e outras práticas usam o ato de respirar como ferramenta para o bem-estar, mas, ultimamente, essa nova técnica tem ganhado popularidade entre terapeutas, coaches e celebridades. Entre os que já apostaram nela estão Owen Wilson, Selena Gomez , Justin Bieber e, no Brasil, Angélica , que publicou no Instagram fotos suas durante a prática.
“Respirar é poder. O ‘breathwork’ utiliza a respiração consciente para acalmar a mente, liberar tensões e promover uma reconexão com o presente. Uma ferramenta simples, profunda e transformadora. Já experimentou?”, perguntou a loura num post em sua rede social.
‘Breathwork’, significa, literalmente, trabalho de respiração e tem chamado atenção por causar experiências incomuns. A Canal Extra conheceu a prática durante um retiro de bem-estar de cinco dias chamado Soul, em Los Cabos, no México, no Nobu Hotel. Antes da sessão, a instrutora mexicana Ofelia Bojórquez explicou que cada pessoa sentiria algo diferente: desde um relaxamento profundo até visões e outras vivências catárticas (a repórter conta mais sobre sua experiência abaixo). Mesmo quem estava cético acabou surpreendido, já que sensações variadas aconteceram de fato com todos. Mas como isso é possível? A facilitadora brasileira Daniella Zylbersztajn explica:
— Tudo é energia vibrando. O pensamento, o ar, o chão… Não é só misticismo. Na ioga, temos os pranayamas, e prana significa energia vital. Respirar é isso: acessamos essa energia — define Daniella, completando: — Quando otimizamos a respiração, expandimos nosso campo energético. Cada um está num nível de consciência, então alguns vão sentir só a mão formigando, enquanto outros acessam sensações mais profundas.
O “breathwork” usa o ritmo e a profundidade da respiração para alterar estados físicos, emocionais e mentais. Embora seja novidade, tem raízes antigas: pranayamas, rituais xamânicos e práticas budistas. Serve tanto para aliviar ansiedade quanto para acessar memórias profundas.
Assim como a ioga, o “breathwork” tem suas ramificações. A mais comum é a respiração holotrópica. Ela foi desenvolvida nos anos 70 nos Estados Unidos pelo psiquiatra Stanislav Gorf, da área da psicologia transpessoal, que estuda os estados expandidos de consciência.
— A holotrópica usa como base a ideia de respirar num círculo contínuo, infinito, em que não há pausa entre o inalar e o exalar. A base é uma respiração rápida e intensa, focando na hiperventilação, o que nos faz entrar nesse estado expandido de consciência — diz Daniella.
Já a “rebirthing” (renascimento) nasceu de uma experiência numa banheira. A técnica é parecida, mas segue outro protocolo. Com o tempo, surgiram outros formatos como wim hof method, que combina respiração com exposição ao frio, e a vivation, que propõe uma respiração mais suave e ritmada. Daniella trabalha com a respiração modulada, ensinada pela vivation, mas adaptada para a técnica com a qual trabalha atualmente, chamada de respiração circular consciente conectada.
— Pratico ioga há 26 anos, comecei com os pranayamas. Depois, tive uma experiência de despertar de consciência que me levou a um ashram em Cunha (SP). Lá, convivi com uma terapeuta espanhola, aprendi na prática e fui me aprofundando — conta ela, completando: — Também trabalho com “sound healing” (que utiliza a vibração sonora para a cura de desequilíbrios físicos e mentais), mas, na pandemia, passei a atender só com a respiração. Como muitos atendimentos são on-line, ajustei a prática para ser mais suave, acolhedora, e funcionar com qualquer pessoa.
Segundo Daniella, a prática pode provocar alguns efeitos colaterais em pessoas que sofrem de síndrome do pânico.
— Muitas escolas acabam trabalhando com ritmos muito intensos e catárticos, o que pode ser arriscado. Não é indicado para todo mundo, como quem tem esquizofrenia ou transtorno bipolar. Se a pessoa tem pânico, por exemplo, não posso deixá-la hiperventilar por muito tempo. Uso um ritmo mais lento e profundo.
A profissional conta que muitas pessoas buscam a técnica para o desbloqueio emocional e relatam acessar traumas. O “breathwork” também aumenta a criatividade, alivia tensões físicas e traz uma sensação de paz interior.
— No geral, a pessoa sai da experiência tendo acessado um lugar novo de consciência. Pode ser suave ou intenso. Muitos contam que têm poderosos “insights” e que sentem uma conexão com o divino: — Se o “paciente” conseguir usar o que emerge escrevendo, anotando, desenhando ou levando esse material para a terapia, é muito bom!
Começa com uma explicação, seguida por 30 a 60 minutos de respiração guiada, muitas vezes com música. Depois, há um tempo para relaxar e refletir. Os participantes costumam deitar em colchonetes, com tapa-olhos e cobertores.
— É uma meditação ativa. E estar presente é meditar. Você pode meditar dançando, lavando louça, comendo, respirando — exemplifica Daniella.
As sessões podem ser individuais ou em grupo, e acontecem em ciclos, workshops ou retiros. A recomendação é aprender com um facilitador antes de praticar sozinho.
— É importante entender os próprios limites. Primeiro, vá com segurança. Depois, quem já conhece pode começar com cinco minutos por dia, aumentando até 20. Não recomendo mais do que isso sem acompanhamento.
O interesse cresceu nos últimos anos e, segundo Daniella, isso tem um lado positivo:
— Tem um lado bom quando algo vira “moda” porque faz chegar a mais pessoas. A onda do “breathwork” está acontecendo internacionalmente. O Brasil acaba recebendo um pouco depois. É bom as pessoas buscarem cura, cuidado e autoconhecimento — diz a especialista, que costuma atender pessoas de 30 a 60 anos: — Mas tive uma vivência recente com uma senhora de 96. Ela foi um ponto fora da curva!
“Foi numa sala no Nobu Hotel, em Los Cabos, no México, que experimentei o “breathwork” pela primeira vez. No meu caso, fiz a respiração holotrópica, em que a mediadora Ofelia Bojórquez nos pediu para respirar, sem pausas, somente pela boca. Com a orientação da facilitadora, eu, que pratico meditação há alguns anos, tive uma experiência leve, mas transformadora. Nos primeiros minutos, senti muito a sensação de garganta seca, mas depois a experiência foi bem gratificante. Tive algumas visões bonitas na natureza, vi luzes piscando, mesmo com os olhos fechados, e tive uma sensação de paz e calma muito forte. Ao terminar, fiquei encantada e muito surpresa por perceber o que a respiração de forma consciente pode causar. No meu grupo, algumas pessoas sentiram o corpo dormente e alguns tiveram “viagens” mais intensas. Uma caiu num sono profundo. Foi uma experiência valiosa!”
Isabella Cardoso – 31, anos, repórter
BS20250727080043.1 – https://extra.globo.com/entretenimento/noticia/2025/07/breathwork-tem-se-popularizado-entre-famosos-como-angelica-justin-bieber-e-selena-gomez-entenda-como-e-a-tecnica.ghtml
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