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Senador foi o único eleito pelo PL que não apoiou a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal
Brigado com o ex-presidente Jair Bolsonaro desde a eleição de 2022, o senador Romário (PL-RJ) vem ignorando a ofensiva do bolsonarismo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o Senado como palco estratégico. Romário foi o único senador eleito pelo PL que não apoiou pedidos de impeachment de Moraes, e se irritou ao virar alvo de cobranças do entorno de Bolsonaro. Aliados avaliam que a relação do senador com a direita bolsonarista está “inviabilizada”.
Entre os 14 senadores do PL, Eudócia Caldas (AL) também não endossou a proposta. Ela, porém, era do PSB e migrou para a sigla de Bolsonaro durante o mandato, em um acordo local que envolveu o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), seu filho — a dupla avalia deixar o PL e voltar ao PSB. No caso de Romário, aliados afirmam que, apesar da péssima relação com o bolsonarismo, o senador mantém bom diálogo com outros caciques do PL, como o governador do Rio, Cláudio Castro, e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.
Após uma série de ruídos, a relação entre Romário e Bolsonaro desandou de vez no primeiro turno da eleição de 2022, quando o então presidente sinalizou apoio à candidatura de Daniel Silveira (PTB) ao Senado. Silveira, que estava inelegível, obteve mais de 1,5 milhão de votos, o que dificultou a reeleição de Romário. O ex-jogador conseguiu 2,3 milhões de votos, metade do que havia obtido na sua primeira eleição ao Senado, em 2014.
Reservadamente, uma pessoa próxima a Romário afirma que o senador nunca digeriu o que enxerga como uma atitude “dúbia” de Bolsonaro na ocasião, e por isso “ninguém espera que ele atue pelo impeachment” de Moraes. Procurado pelo GLOBO, Romário não respondeu. Em nota publicada nas suas redes sociais, sem citar diretamente as cobranças para entrar na ofensiva contra o STF, Romário afirmou já ter enfrentado “pressão muito maior” e disse não dever “nada a ninguém”.
“Inventar mentiras sobre mim e ainda perturbar a minha família não vai me afetar. Estou bem, com saúde e tranquilo”, escreveu o senador.
O entorno de Romário avalia que ele ficou ainda mais incomodado com o ex-presidente após os ataques de bolsonaristas nas redes sociais. Desde a semana passada, publicações do senador no Instagram foram inundadas de comentários cobrando apoio ao impeachment de Moraes e chamando-o de “traidor” de Bolsonaro, que teve prisão domiciliar decretada pelo ministro no último dia 4.
Nesse período, Romário praticamente não se manifestou sobre temas relativos ao Senado, e usou as redes sociais para publicar fotos e vídeos jogando futebol. Na publicação em que fez referência às cobranças de bolsonaristas por um posicionamento, o senador demarcou distância de Bolsonaro e disse nunca ter mantido fotos com o ex-presidente em seu perfil.
Nos dias anteriores, aliados de Bolsonaro vinham vocalizando o incômodo com o senador. Filho mais novo do ex-presidente, o vereador de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan usou uma rede social para perguntar a Romário se ele continuaria “vivendo do gol de 94”, em referência ao tetracampeonato mundial com a seleção brasileira, ou se apoiaria o impeachment de Moraes para “brilhar de novo”. Em entrevista a uma rádio, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também aconselhou Romário a assinar o pedido contra Moraes para “marcar um gol de placa”.
Nos cálculos de aliados de Bolsonaro, 41 dos 81 senadores já sinalizaram apoio a um pedido de impeachment contra Moraes. Para aprovar o pedido, no entanto, é necessário o apoio de 54 senadores. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já declarou, porém, que independente do número de assinaturas, não pautará a matéria.
BS20250812063021.1 – https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/08/12/brigado-com-bolsonaro-romario-ignora-ex-presidente-e-vira-alvo-de-pressao-de-aliados.ghtml
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