BRASÍLIA

Baixa umidade do ar e risco de queimadas deixam o DF em alerta

6 de setembro, 2024 | Por: Redação

Defesa Civil orienta a população sobre cuidados durante o período de estiagem

Nos últimos dias, a baixa umidade do ar, termômetros batendo acima dos 30ºC e os incêndios no Cerrado deixam o Distrito Federal em alerta. Para o final de semana, há a expectativa de uma ligeira redução na temperatura e aumento da umidade do ar. Mesmo assim, é preciso manter os cuidados com a saúde, mantendo-se hidratado, evitando atividade física nos horários mais quentes e usando protetor solar.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, na quinta-feira (5), alerta vermelho de grande perigo para umidade relativa do ar abaixo de 12% em todo o Distrito Federal.

O alerta vermelho (grande perigo), conforme o sistema de cores estabelecido pelo Inmet, é o mais crítico entre os existentes, que incluem ainda os avisos laranja (perigo) e amarelo (perigo potencial).

Em todos os cenários, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do DF dispara mensagens orientando a população sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados durante o período de estiagem. O serviço pode ser solicitado pela população por meio do telefone 40199. Basta enviar uma mensagem, e a inclusão na lista de transmissão é automática.

Os alertas são gerados pelo Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração, em parceria com os órgãos de Defesa Civil de estados e municípios.

“A Defesa Civil trabalha em conjunto com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) no monitoramento dos índices do Inmet, em particular na questão da umidade e temperatura, para, quando for necessário, emitirmos o alerta via SMS aos cidadãos”, explica a capitã Luciana de Oliveira, da Gerência da Gestão Administrativa e Comunicação da Defesa Civil do DF.

Cuidado redobrado

Segundo a servidora, com a umidade relativa do ar abaixo de 12%, é preciso redobrar os cuidados especialmente com crianças e idosos, mais vulneráveis aos sintomas provocados pela seca. “E para a população em geral, as orientações são as mesmas: manter-se hidratado, os ambientes umidificados, evitar exposição ao sol e atividade física nas horas mais quentes”, acrescenta a capitã.

Índices preocupantes

O meteorologista Carlos Rocha, do Instituto Brasília Ambiental, explica que, neste ano, a seca chegou antes do previsto para os brasilienses: “A estiagem veio mais cedo, e estamos sem chuva desde o dia 23 de abril. Normalmente, no início de maio, ainda temos algumas precipitações. É inédito em toda a série histórica desde 1963 termos quatro meses consecutivos sem chuva – maio, junho, julho e agosto”.

Como se não bastasse, na terça-feira (3), o DF atingiu o recorde histórico de menor umidade relativa do ar, com a estação meteorológica da Ponte Alta, no Gama, registrando o índice de apenas 7%.

A estiagem, conforme as projeções dos meteorologistas, só deve ter fim após a segunda quinzena de setembro. “Temos a possibilidade de chuvinha prevista para o dia 21 – sempre deixando claro que a assertiva desses modelos em um prazo de 15 a 20 dias não é muito boa. Entretanto esta é a tendência mostrada hoje”, prossegue Rocha.

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