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Segundo presidente do BC, é preciso mudar a desconfiança do mercado em relação à trajetória fiscal
O presidente do Banco Central(BC), Roberto Campos Neto, voltou a defender um conjunto de medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo para que o Brasil tenha juros estruturalmente mais baixos.
Em reunião com investidores organizada pelo Deutsche Bank, em Londres, Campos Neto afirmou que é necessário apresentar um “choque fiscal positivo” ao mercado financeiro, que tem desconfiança em relação à trajetória fiscal.
— Acredito que, se tivermos um choque fiscal muito grande, provavelmente conseguiremos sair com taxas mais baixas. Como esse processo vai acontecer eu não sei, e seria muito difícil dar um passo a passo do que eu acho que vai acontecer, mas acho que precisa ser algo que produza uma mudança de expectativa grande o suficiente para reverter a previsão de inflação e que impactasse a nossa reação de forma positiva — disse o presidente do BC.
O “choque fiscal positivo” vem sendo defendido por Campos Neto nas últimas semanas. Segundo o presidente da autoridade monetária, a falta de confiança na política fiscal do governo dificulta o processo de convergência da inflação para a meta.
— Isso é muito importante para nós, no BC, para sermos capazes de diminuir os juros de forma sustentável. Porque, no fim, nossa missão é atingir a meta de inflação, e é muito difícil fazer isso quando existe uma percepção de que o fiscal está desancorado — afirmou, em um evento na semana passada em São Paulo.
Na visão de Campos Neto, o governo enfrenta uma desconfiança do mercado em relação à capacidade do arcabouço fiscal em atingir as suas metas propostas.
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, voltam a Brasília nesta semana e devem ter como foco discussões sobre corte de gastos. Na semana passada, os dois estavam em Washington, onde participaram de reuniões do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G20.
Haddad vem defendendo um “fortalecimento” do arcabouço fiscal.
— A Fazenda trabalha com questões estruturais, o arcabouço fiscal é uma questão estrutural, o reforço do arcabouço fiscal é uma questão estrutural. É diferente de você fazer bloqueio e contingenciamento que são momentâneos para fazer com que a lei aprovada pelo nosso governo seja respeitada — disse em conversa com jornalistas em Washington na semana passada.
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