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Bebida pode impactar diretamente coração e saúde mental, aumentando arritmias, ansiedade, insônia e posterior dificuldade de concentração
Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF
O consumo frequente de bebidas energéticas entre adolescentes e jovens adultos tem acendido um sinal de alerta para profissionais da saúde. De acordo com a Referência Técnica Distrital (RTD) em Cardiologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Rosana Costa Oliveira, o excesso dessas bebidas pode trazer sérios prejuízos ao coração e à saúde mental.
“As pessoas bebem energético para aumentar o ânimo e a energia, muitas vezes no dia a dia, inclusive no trabalho. Porém, o consumo excessivo desses produtos eleva a incidência de ansiedade, depressão, arritmias (especialmente fibrilação atrial), insônia, tremores, entre outros problemas”, afirma a cardiologista.
Estudos recentes publicados no Journal of Addiction Medicine, veículo oficial da Sociedade Americana de Medicina da Dependência, mostram que um terço dos adolescentes norte-americanos consome bebidas energéticas com alto teor de cafeína. As pesquisas também associam o consumo desses produtos ao aumento do uso de álcool, tabaco e maconha, além do costume de misturar energético com bebidas alcoólicas e mascarar seus efeitos.
O consumo de energéticos, contudo, não ocorre apenas em situações de lazer. Para Oliveira, o motivo está no estilo de vida atual que exige altos níveis de produtividade. “Muitos jovens já começam o dia com energético. Eles acordam desanimados e recorrem a essas bebidas para conseguir produzir. Outros não sabem dos riscos e tomam como se fosse refrigerante, durante as refeições, sem perceber as consequências.”
Além dos efeitos no coração, a médica destaca que essas bebidas também impactam diretamente no funcionamento do cérebro. “Inicialmente, a pessoa fica em estado de alerta, mais animada e disposta. Depois, porém, surgem irritação, ansiedade e insônia. Quando o efeito passa, é comum o indivíduo sentir cansaço extremo e dificuldade de concentração”, explica.
A cafeína é uma das principais substâncias presentes nas bebidas energéticas. Seu efeito estimulante começa poucos minutos após o consumo. A Sociedade Brasileira de Cardiologia adverte que a ingestão máxima recomendada para adultos é de 400 mg por dia (cerca de quatro xícaras de café coado). Para adolescentes, o limite é ainda menor: até 100 mg diários — menos do que uma lata comum de energético, que contém aproximadamente 160 mg.
“Hoje, com o uso excessivo de celulares, redes sociais e jogos, muitos jovens não dormem bem. Isso cria um ciclo vicioso: eles recorrem ao energético para se manterem acordados, sem perceber que estão comprometendo ainda mais a saúde”, pontua a especialista da SES-DF.
A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) reforça que os energéticos seguem regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os rótulos contêm avisos sobre o consumo, especialmente para crianças, gestantes e pessoas com problemas de saúde, além da proibição de uso combinado com álcool. Apesar disso, a prática ainda é comum, impulsionada pela desinformação.
A SES-DF alerta que, em caso de sintomas como palpitações, insônia, tremores ou ansiedade após o consumo de bebidas energéticas, é fundamental buscar avaliação médica.
*Com informações da SES-DF
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