
SLU: aplicativo permite acompanhamento em tempo real da rota dos caminhões de lixo
Ferramenta facilita descarte de resíduos e informações sobre coletas no DF, além de oferecer conteúdos educativos
Cerca de 15 toneladas de resíduos foram recolhidas este ano das ruas, registrando uma queda de 21% em relação ao volume do ano passado; desde 2018, campanhas educativas e trabalho in loco conseguiram reduzir a sujeira das festas em 80%
Equipe trabalhou intensamente durante o Carnaval; resultados foram os melhores | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Folia e limpeza combinam quando o local de referência é Brasília. Durante os quatro dias de Carnaval, a equipe do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) esteve em reforço nas ruas para atuar no recolhimento de resíduos descartados pela população nos blocos, e o resultado é que, desde sábado (1º), cerca de 1,2 mil trabalhadores retiraram das ruas 15,7 toneladas em mais de cinco mil sacos de lixo.
Andréa Almeida, diretora técnica do SLU
Essa quantidade tem diminuído a cada ano que passa, como aponta a diretora técnica do SLU, Andréa Almeida. Ela afirma que entre 2018 e 2025 houve uma redução de 80% do volume de resíduos no DF – além de um decréscimo de 21% de 2024 para este ano, o que caracteriza o Carnaval recente como o mais limpo da história.
“Este ano tivemos uma folia mais limpa que no passado, quando recolhemos 19,9 toneladas de resíduos”, enumerou a diretora. “Isso se deve a vários fatores, em destaque o trabalho do SLU, com a instalação de mais de 400 lixeiras, pontos de entrega voluntária de descartáveis e a escalação de uma equipe grande de trabalhadores, além da premiação do bloco com as atividades que corroboram para esse descarte correto.”
A gestora ressalta que o órgão contou com 600 trabalhadores durante o dia e 300 durante a noite na área central do DF, onde houve a maior concentração de aglomerações, além de aproximadamente 150 profissionais em outros setores da cidade. A maior parte dos materiais coletados foi de recicláveis – garrafas, latas, papéis e plásticos, que são destinados às cooperativas que trabalham em parceria com o SLU em mais de 50 contratos.
“Esse trabalho não é só uma questão ambiental e de sustentabilidade, mas também uma questão de sobrevivência social, porque os catadores dependem exclusivamente desse material que leva o sustento para a mesa deles – lembrando que 80% dessa parcela da população é de mulheres, especialmente mães solo que sustentam as famílias”, acentuou a diretora técnica do SLU.
O trabalho não passa despercebido por quem anda na cidade. Caminhando pela Esplanada dos Ministérios, os militares Luciano Varejão, 35, e Pedro Paulo da Silva, 26, descreveram como o ambiente limpo enaltece o Quadradinho.
“Sou morador do Cruzeiro e vejo o trabalho de manhã e à noite que eles fazem”, afirmou Pedro. “Foi uma quantidade muito grande de lixo retirada da rua, não só do centro de Brasília, mas também de todo o entorno. E agradecemos esse serviço que vem sendo feito, a todo momento, e que deve ser valorizado, tanto pelo governo quanto pelos cidadãos e turistas que podem colaborar com a limpeza da cidade.”
O militar Luciano Varejão elogiou o trabalho de limpeza urbana em Brasília
Luciano, por sua vez, complementou: “Nada melhor do que ter a capital do país bem-valorizada para o mundo afora; nisso a gente pode ver a eficiência do trabalho do governo”.
E colaborar com o trabalho realizado pelos garis não é algo tão difícil: basta jogar o lixo nos lugares certos e separar os resíduos para a coleta seletiva, pequenos passos que facilitam o trabalho das equipes. Também é importante tomar o devido cuidado na hora de descartar objetos que podem gerar riscos, como vidros quebrados e outros materiais.
A gari Antônia Goes ressaltou a importância da participação da comunidade: “Quando a população tem um pouco mais de consciência, fica mais fácil, claro”
A gari Antônia da Conceição Goes relatou que os últimos dias foram de trabalho intenso na capital, mas que há um sentimento de orgulho ao ver as sacolas cheias e organizadas no lugar dos resíduos antes espalhados no local.
“Desde sábado, é muita correria e muito serviço, mas graças a Deus a gente está aqui para ajudar na limpeza e realizar nosso trabalho”, afirmou. “Quando a população tem um pouco mais de consciência, fica mais fácil, claro. Mas é gratificante ver toda aquela sujeira limpa, além de ser nosso ganho, onde podemos levar o pão de cada dia para casa.”
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