
GDF lança manual de atendimento integrado a menores vítimas de violência
Documento padroniza ações da rede de proteção e marca avanço histórico na garantia dos direitos infantojuvenis
Iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania promove ação inédita para valorizar a saúde, o cuidado, a estética e o protagonismo das mulheres negras
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) lançou, na quinta-feira (24), a Cartilha de Saúde da Mulher Negra, como parte das ações em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho. A iniciativa tem como objetivo reconhecer as especificidades e os direitos das mulheres negras, com foco especial naquelas que vivem em regiões periféricas do Distrito Federal. O material foi produzido com a participação do Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial (Codipir).
A programação incluiu palestras e atividades voltadas à valorização da saúde, da beleza e do cuidado com o corpo da mulher negra. O material busca valorizar a estética, promover o cuidado com a saúde e fortalecer a cidadania dessas mulheres. O lançamento integra as ações da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e Igualdade Racial (Subdhir), da Sejus. O evento reuniu lideranças comunitárias, afroempreendedoras, servidoras públicas, terapeutas, profissionais da saúde e educadoras.
A cartilha, segundo a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, surge como resposta à invisibilidade da mulher negra nos espaços de cuidado e formulação de políticas públicas. “O material foi pensado para valorizar a existência e a estética dessas mulheres, que muitas vezes são invisibilizadas, e para desconstruir estigmas e desmistificar informações equivocadas sobre a saúde da população negra”, explicou.
Entre os temas abordados, estão doenças prevalentes desse público, como anemia falciforme, diabetes mellitus, hipertensão e a violência obstétrica. “É fundamental que essas mulheres saibam, por exemplo, que em casos de gravidez com doença falciforme, o risco é muito maior. Informação salva vidas”, completou a secretária.
Para a arte-educadora e afroempreendedora Rosimar Muanda, da marca Conexão África, a cartilha e o evento promovido pela Sejus representam um marco. “É de suma importância falarmos da saúde da mulher negra, que é um tema muitas vezes desconhecido. Hoje, entendemos como fatores psíquicos e sociais influenciam nosso comportamento e saúde. É preciso que esse material chegue a essas mulheres”, destacou.
Já a terapeuta integrativa Fabi Vasconcelos confessou que não sabia da existência de diferenças específicas nos cuidados com a saúde da mulher negra. “A partir de hoje, minha comunicação com meu público vai mudar. Entender essas particularidades transforma a forma como nos cuidamos. Quando uma mulher negra sabe seu valor, uma família inteira cresce junto. Políticas públicas específicas são urgentes, afirmou.
Afonso Mendes, palestrante e gerente de Populações Vulneráveis da Secretaria de Saúde, explica que a cartilha tem um papel estratégico na formulação de políticas públicas. “Ela não é apenas um material informativo, é um instrumento de transformação social. A partir da autodeclaração racial nos serviços de saúde, conseguimos levantar dados reais e pensar políticas mais eficazes para essa população”, afirmou.
Mendes também reforçou que a saúde da mulher negra deve ser tratada com foco, respeito e especificidade. “Quando olhamos com atenção para essas mulheres, entendemos sua força histórica e seu potencial como agente de mudança social. Precisamos ouvi-las, acolhê-las e garantir que estejam no centro das decisões”, completou.
Acesse aqui o documento.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
Documento padroniza ações da rede de proteção e marca avanço histórico na garantia dos direitos infantojuvenis
Esses trabalhadores ajudam a garantir alimentos saudáveis na mesa da população
Para consultar a relação de novos beneficiários, basta acessar o site GDF Social
Suspensão temporária do fornecimento está prevista para o período das 8h às 14h; medida é necessária para a segurança das equipes que farão os trabalhos