
PF indicia Allan dos Santos por desobediência, incitação, difamação e injúria
Blogueiro já teve a prisão decretada pelo STF e está foragido
Chiquinho participou da sessão e reiterou que é inocente. De acordo com a PF, Chiquinho e seu irmão, o Domingos, foram os mandantes do homicídio
A deputada Jack Rocha (PT-ES) recomendou, em seu parecer final apresentado ao Conselho de Ética da Câmara, nesta quarta-feira, a cassação do mandato de Chiquinho Brazão (sem partido). Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. “Faz-se imperativa a perda de mandato para impedir a destruição de provas”, diz um trecho do relatório.
No início de abril, a Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do deputado. A votação passou por uma margem apertada. Associado à milícia por investigadores, o parlamentar foi derrotado pelos colegas em plenário, mas conseguiu angariar apoio expressivo de partidos do Centrão e da oposição.
De acordo com a Polícia Federal, Chiquinho Brazão e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, foram os mandantes do homicídio da vereadora Marielle Franco.
Além deles, também foi alvo de um mandado de prisão preventiva o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Segundo as investigações, ao delegado caberia garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos, ou seja, de alguma forma o inquérito que se sucederia não poderia chegar nos responsáveis pela empreitada criminosa.
Chiquinho participou da sessão através de um vídeo e alegou inocência.
— Marielle era minha amiga, não tenho nada a ver com este caso. Eu sempre defendi o debate, acima de tudo. Sempre debati em bom nome com vereadores da esquerda — argumentou.
Em um acordo de delação premiada firmado com a PF e a Procuradoria-Geral da República, o ex-policial militar Ronnie Lessa relatou que, no segundo trimestre de 2017, Chiquinho, então vereador do Rio, demonstrou “descontrolada reação” à atuação de Marielle para “apertada votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016”.
Com o projeto, ele e o irmão buscariam a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social, visando obter o título de propriedade para especulação imobiliária.
O ex-PM está preso desde 2019 sob a acusação de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, em março de 2018, na Região Central do Rio.
Blogueiro já teve a prisão decretada pelo STF e está foragido
Projeto de Lei nº 603/2023, de autoria do deputado Martins Machado (Republicanos)
Conforme o texto, as microcâmeras corporais deverão registrar tudo o que o policial vê, ouve, fala e faz
Destaque do PP foi aprovado por 14 votos contra 12