Paranoá sedia projeto com foco em música, artesanato e gastronomia
8 de janeiro, 2025A iniciativa, que acontece na Praça Central, em parceria entre o Instituto Casa da Vila e a SETUR-DF
Protagonizada por Maria Padilha em texto original de Pedro Brício, a peça traz no elenco Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho
Paisagens dramáticas, personagens tomados por questões existenciais e refle-xões profundas costumam figurar no imaginário quando se fala em autores rus-sos. Mas esse estereótipo diz pouco sobre o espetáculo, que conta com o patrocí-nio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e estreia dia 9 de janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília.
Transitando entre a comédia, o lirismo e o drama, o texto inédito de “Um Jardim para Tchekhov”, assinado por Pedro Brício, narra a história de uma consagrada atriz de teatro, Alma Duran, vivida por Maria Padilha, que vai morar com sua filha, a médica Isadora (Olivia Torres), e seu genro Otto, um delegado de polícia (Erom Cordeiro), em um condomínio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Brício está indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2024, pela dramaturgia da obra. O resultado será anunciado em março de 2025.
Desempregada há três anos, ela começa a dar aulas de teatro para a estudante Lalá (Iohanna Carvalho), enquanto sonha em montar “O Jardim das Cerejeiras”. Ao enfrentar dificuldades para realizar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medei-ros), que passa a ajudá-la.
Os limites entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia, vão se misturando, numa trama que discute – com bastante humor – os tempos de intolerância vividos no país. Embora o espetáculo evoque o autor rus-so, o texto não é inspirado nele, conta Pedro Brício. “O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerân-cia. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistu-ra de sentimentos, é sobre rir das nossas dores”.
Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inven-tar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX.
A diretora da peça, Georgette Fadel, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que confe-riu a ela essa pecha”.
Um Jardim para Tchekhov. Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul). Temporada: de 9 de janeiro a 2 de fevereiro. Dias e horários: quinta a sábado, às19h30, e domingo, às 17h. Acessibilidade: todas as sessões de sábado contarão com tradução em Libras. Bate-papo: dia 18 de janeiro (sábado), após a sessão. Palestra: “O processo de criação das personagens”, com o elenco, dia 1ª de fevereiro (quinta-feira), a partir das 17h. Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília, a partir das 12h de 3 de janeiro. A liberação dos ingressos ocorrerá toda sexta feira da semana anterior. Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo 7 espaços para cadeirantes e 3 assentos para pessoas obesas). Duração: 110 minutos. Classificação indicativa: não recomendado para menores de 14 anos
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