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O metanol é metabolizado pelo fígado e transformado em substâncias tóxicas que afetam gravemente o sistema nervoso.
O metanol, também chamado de álcool metílico, é amplamente utilizado como solvente e combustível na indústria. No entanto, sua ingestão representa um risco extremo à saúde. No organismo humano, ele é convertido em formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas que atacam o sistema nervoso central, os nervos ópticos, o fígado e os rins. O resultado pode ser devastador: cegueira irreversível, falência múltipla de órgãos e até morte.
Segundo o médico oftalmologista e especialista em cirurgia ocular, Henock Altoé, a intoxicação por metanol geralmente ocorre após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. “Uma vez ingerido, o metanol é metabolizado pelo fígado, transformando-se em compostos que afetam gravemente o sistema nervoso. O nervo óptico, responsável por transmitir os sinais visuais da retina ao cérebro, é especialmente vulnerável. O ácido fórmico interfere na produção de energia das células nervosas, provocando falhas na visão e, em muitos casos, cegueira permanente”.
Os sintomas visuais decorrentes da intoxicação por metanol costumam surgir entre 6 e 24 horas após a ingestão da substância. Inicialmente, o paciente pode perceber a visão borrada, como se estivesse olhando através de um vidro embaçado. Em seguida, surge a fotofobia – sensibilidade exagerada à luz – que torna difícil manter os olhos abertos em ambientes iluminados. Manchas escuras também podem aparecer no campo visual, dificultando a percepção de formas e cores. Com o avanço da intoxicação, há uma perda progressiva da visão, que pode evoluir para cegueira irreversível se não houver intervenção médica imediata.
Altoé classifica o metanol como traiçoeiro. “Nos primeiros momentos, os sinais se confundem com uma embriaguez comum, o que faz com que muitos demorem a procurar ajuda”, alerta o médico. Segundo ele, o atraso no diagnóstico é o que gera maior dano em quem apresenta a intoxicação. “Diferente do etanol, a intoxicação pelo metanol progride com o passar do tempo. Quando a pessoa percebe que não é apenas uma ressaca, já pode estar em estágio avançado e com órgão comprometidos. A rapidez no atendimento é crucial.”
Em caso de suspeita de intoxicação por metanol, é fundamental buscar atendimento médico imediato. Informe o histórico de consumo de bebidas, especialmente se forem de origem desconhecida ou apresentarem odor e sabor incomuns. Cada hora de atraso aumenta significativamente o risco de sequelas graves ou morte.
Henock Altoé, médico oftalmologista. Formado em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória e especializado em Oftalmologia pela Santa Casa de São Paulo, o especialista ainda acumula três fellowships nas áreas de Cirurgia de Catarata, Cirurgia Refrativa e Lentes de Contato.
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