O técnico Miguel Ángel Russo, do Boca Juniors, da Argentina, morreu nesta quarta-feira, aos 69 anos, “cercado pelo amor da família e em sua casa, como ele decidiu”, publicou o jornal argentino Clarín. O treinador argentino estava em tratamento domiciliar, sem diagnóstico divulgado oficialmente, após uma série de internações hospitalares recentes.

Mas a causa da morte, de acordo com o Clarín, seriam complicações decorrentes de um câncer, doença que Russo havia vencido em 2017 (de próstata), mas que acabou retornando. Ainda segundo o jornal, o Boca Juniors ofereceu à família de Miguel o saguão do estádio La Bombonera para receber o velório.

“O Club Atlético Boca Juniors anuncia o falecimento de Miguel Ángel Russo com profunda tristeza. Miguel deixa uma marca indelével em nossa instituição e sempre será um exemplo de alegria, carinho e dedicação. Estamos com sua família e entes queridos neste momento de luto. Adeus, querido Miguel”, publicou o clube em suas redes sociais.

No início de setembro, o treinador ficou internado por quase uma semana devido a um quadro de infecção urinária. Nesse período, ele ficou sob cuidados constantes de sua equipe médica e do departamento de saúde do Boca Juniors.

Afastado do comando técnico do Boca Juniors por conta do problema de saúde, o treinador havia ficado de fora das duas últimas partidas do time argentino, contra Defensa y Justicia e Newell’s Old Boys. Ele esteve na beira do gramado pela última vez no dia 21 de setembro, no empate por 2 a 2 com o Central Córdoba, na Bombonera.

Na vitória por 5 a 0 sobre o Newell’s, os jogadores do Boca Juniors se mostraram preocupados com a situação médica do treinador e expressaram seu apoio. O capitão dos Xeneizes, Leandro Paredes, deixou uma mensagem ao Miguel Ángel Russo.

— Dedicamos a vitória ao Russo. Ele é o líder do nosso grupo e não é um bom momento para ele passar por isso. Enviamos muito apoio a ele — afirmou Leandro Paredes.

Russo começou sua carreira de jogador profissional no Estudiantes de La Plata, em 1975, e se aposentou treze anos depois, em 1988. Ele atuava como meio-campista. Contudo, foi como treinador que ele ganhou destaque no cenário da América do Sul.

Com passagens por clubes como San Lorenzo, Vélez Sarsfield, Estudiantes, Racing e outros, Russo conquistou o seu maior título quando comandava o Boca Juniors. Em 2007, ele ganhou a Libertadores da América, quando derrotou o Grêmio na final por 5 a 0 no placar agregado, sendo o maior resultado da história do torneio.

Nos Xeneizes, ele também se sagrou campeão do Campeonato Argentino em 2019/20 e da Copa da Liga Argentina em 2020. Fora da Argentina, Russo também comandou equipes como Cerro Porteño, Millonarios, Alianza Lima e Al-Nassr.

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