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Deputada escolhida por Lula defendeu sigilo na apuração de denúncias para proteger os direitos de mulheres e de Silvio Almeida
A decisão do presidente Luiz Ikpastas sob o seu comando — o equivalente a exatamente um terço do total.
Almeida não tinha filiação partidária e foi demitido na última sexta-feira após ser alvo de denúncias de assédio sexual. Em sua primeira declaração após a decisão, Macaé defendeu o sigilo na apuração do caso para proteger os direitos de mulheres que denunciaram a violência, bem como a “ampla defesa” de Almeida.
Lula se reuniu com Macaé na tarde de segunda-feira, no Alvorada. Após o encontro, o presidente relatou a aliados que o martelo estava batido. A posse deve acontecer ainda esta semana. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, participou da conversa.
— É muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas e é isso que estamos encaminhando com a ministra interina (Esther Dweck, também titular de Gestão). A ideia é que a gente faça todo o procedimento, é preciso garantir o direito das pessoas denunciantes e o amplo e pleno direito de defesa. Uma coisa muito importante é que a gente garanta privacidade e o sigilo sobre os fatos, principalmente das pessoas lesadas — afirmou a nova ministra.
Gleisi saudou a indicação da nova ministra nas redes sociais: “Com Macaé Evaristo, do PT de Minas, no Ministério dos Direitos Humanos, o presidente Lula nomeia uma mulher negra, combativa, com história de lutas e realizações na defesa da educação e dos direitos humanos, das crianças e adolescentes.
Macaé se comprometeu com Lula a não concorrer a um novo mandato de deputada estadual em 2026 e a ficar no cargo até o fim do mandato do presidente. Nas redes socais, Lula anunciou a escolha: “Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, escreveu
A nova ministra agradeceu ao presidente: “É com muita honra que aceitei, nesta segunda-feira, o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta direitos.”
Em um primeiro momento, a exigência de Lula criou um impasse para a escolha de Macaé, já que ela planejava disputar um novo mandato de deputada estadual daqui a dois anos. Porém, na noite de domingo, a parlamentar petista reviu a sua posição e disse a aliados que aceitaria abrir mão de tentar renovar seu mandato para poder ser ministra.
Logo após a saída de Silvio Almeida, Lula disse a ministros do seu governo ter a intenção de escolher uma mulher negra para o Ministério dos Direitos Humanos, requisito que Macaé preenche. Uma pessoa com esse perfil para o ministério seria uma forma de responder à crise provocada pelo episódio da demissão do ex-ministro, alvo de denúncias de assédio sexual, o que ele nega.
A nova ministra é prima da escritora Conceição Evaristo, que celebrou a escolha:
— Eu fico muito feliz em ver Macaé, uma mulher que vai se construindo aos poucos como professora, neste momento de crise, hoje, ser escolhida como uma pessoa cuja representatividade pode apaziguar todo o tormento deste momento — disse Conceição Evaristo ao GLOBO.
Macaé Evaristo é professora, foi secretária municipal de Educação em Belo Horizonte entre 2005 e 2012 nas gestões de Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB). Entre 2013 e 2014, ocupou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, período em que a pasta esteve sob o comando de Aloizio Mercadante e José Henrique Paim.
Em seguida, quando Pimentel governou Minas entre 2015 e 2018, Macaé assumiu a Secretaria de Educação. Em 2020, foi eleita vereadora em Belo Horizonte e em 2022 deputada estadual. Durante a transição dos governos Jair Bolsonaro e Lula, fez parte parte do grupo de trabalho da educação.
(colaborou Maria Fortuna)
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