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China confina distrito com quase 1 milhão de habitantes após novos casos de Covid-19

26 de outubro, 2022

Região fica na cidade de Wuhan, onde a pandemia supostamente começou; quinze casos assintomáticos foram confirmados RESUMINDO A NOTÍCIA Medidas incluem o controle das estradas e […]

China confina distrito com quase 1 milhão de habitantes após novos casos de Covid-19
Imagem de Bernd Müller por Pixabay

Região fica na cidade de Wuhan, onde a pandemia supostamente começou; quinze casos assintomáticos foram confirmados

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Medidas incluem o controle das estradas e o encerramento dos acessos ao distrito
  • População deve realizar testes de PCR em cada um dos dias que durar o confinamento
  • China lida há mais de cinco meses com surtos da variante Ômicron da Covid
  • Medidas duras causaram irritação e descontentamento na população

Pessoas usando máscaras caminham do lado de fora de um hospital em Xangai, na China

ALEX PLAVEVSKI/EFE – 21.10.2022

Um distrito com quase 1 milhão de habitantes da cidade chinesa de Wuhan, no centro do país, decretou nesta quarta-feira (26) um confinamento de cinco dias devido ao ressurgimento de casos de Covid-19 na região.

A decisão mostra novamente o quão longe a China está da normalidade pós-pandemia mais de dois anos e meio depois que a cidade onde o surto supostamente começou foi posta pela primeira vez em confinamento.

O distrito de Hanyang confinou seus 900 mil residentes permanentes e pediu à população que fique em casa e não saia a menos que seja estritamente necessário.

As medidas incluem o controle das estradas e o encerramento dos acessos ao distrito e às comunidades durante cinco dias, depois de quinze casos assintomáticos terem sido confirmados no distrito na última terça-feira (5).

Por sua vez, os habitantes do distrito devem realizar testes de PCR em cada um dos dias que durar o confinamento.

Bairros de capitais provinciais como Xining (centro) ou Zhengzhou (centro), estão confinados, segundo testemunhos nas redes sociais recolhidos nesta quarta-feira pela EFE.

A China lida há mais de cinco meses com surtos da variante Ômicron, sendo o caso mais grave ilustrado pelo confinamento da megalópole de Xangai (26 milhões de habitantes) por mais de dois meses.

As medidas rígidas do país consistem em controles de fronteira rigorosos, isolamento de todos os infectados e seus contatos próximos, restrições à mobilidade e campanhas de testes de PCR sempre que um caso for detectado.

Nas grandes cidades, estabeleceu-se a prática de “testes de PCR padronizados”, em que os habitantes têm que apresentar testes negativos realizados nas últimas 24, 48 ou 72 horas para acessar locais públicos.

Além de perdas econômicas incalculáveis, essas medidas duras causaram irritação e descontentamento na população, que até agora apoiava amplamente essa política governamental.

Durante o 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh), realizado na semana passada em Pequim, nem no discurso de Xi Jinping nem nas aparições dos diferentes porta-vozes foi sugerida uma mudança de estratégia.

A consultoria Capital Economics já coloca suas previsões de uma retirada significativa das restrições em 2024 devido à baixa taxa de vacinação entre os idosos, vulneráveis ​​ao coronavírus.

De acordo com as contas das instituições de saúde do país, desde o início da pandemia, 258.167 pessoas foram infectadas no país e 5.226 morreram, embora o número total de infectados exclua pessoas assintomáticas.

 

  • Fonte: INTERNACIONAL | por Agência EFE