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Tenente-coronel relatou aos investigadores que o general procurava saber quem estava inflamando o então presidente a tomar ações drásticas contra as eleições de 2022
Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que atuava como um elo entre o então presidente Jair Bolsonaro e os militares da cúpula do Exército. Nessa função, Cid explicou por que mantinha informado o general Freire Gomes, então comandante da instituição, sobre as discussões da suposta trama golpista que ocorriam no Palácio da Alvorada, no fim de 2022. Segundo o tenente-coronel, o general demonstrava preocupação com o assunto, queria saber quem eram as pessoas que estavam inflamando Bolsonaro e se o ex-mandatário estava disposto a pôr em prática um decreto que visava anular as eleições daquele ano.
Cid prestou esses esclarecimentos ao falar sobre as “atualizações” que deu ao general Freire Gomes sobre a discussão das minutas golpistas em um áudio enviado em 9 de dezembro – dois dias depois de Bolsonaro convocar os chefes das Forças Armadas, entre eles Freire Gomes, para uma reunião no Palácio do Alvorada.
“Boa tarde, general. Só para atualizar o senhor que vem acontecendo e o seguinte. O presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais, mais pesada onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né (…) A pressão que ele tem recebido é muito grande. (…) Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido”, diz a mensagem captada pela PF.
Segundo pessoas a par das investigações, Freire Gomes monitorava a situação no Alvorada por meio de Cid e sempre procurava saber quem estava estimulando o então presidente a levar adiante a ofensiva golpista. Os investigadores consideraram o depoimento de Cid, que durou mais de 8 horas, como “esclarecedor”. A oitiva foi dada no âmbito da colaboração premiada que o ex-ajudante de ordens firmou com a PF em setembro do ano passado, após ficar preso por mais de 4 meses.
Desde os seus primeiros depoimentos, Cid procurou eximir Freire Gomes da participação na suposta trama golpista. Segundo ele, o general se portou como um militar legalista que se posicionou contrário aos planos golpistas. O general é tratado, por enquanto, pela PF como uma testemunha dos fatos e não como um investigado.
No último dia 1º, Freire Gomes foi ouvido por mais de 8 horas na PF em um depoimento no qual implicou diretamente o ex-presidente na trama golpista. Segundo a colunista Míriam Leitão, o general contou que foi o próprio Bolsonaro quem lhe apresentou a minuta em uma reunião ocorrida em 7 de dezembro, no Palácio da Alvorada. Na visão dos investigadores, como o general se dispôs a falar sobre o que aconteceu no fim de 2022, isso o eximiria de uma eventual acusação por prevaricação.
No status de colaborador, Cid foi chamado a prestar novos esclarecimentos em função das novidades trazidas na oitiva do general.
Há um ponto divergente, no entanto, na forma como Cid e a PF veem a suposta trama para reverter o resultado das eleições de 2022.
Na versão do tenente-coronel, o que a PF considera como “minutas golpistas” seriam discussões de “cenários” que seriam colocados em prática apenas se fosse descoberto a ocorrência de fraude nas urnas eletrônicas — o que não aconteceu. Os “cenários” envolviam a decretação de um estado de sítio, anulação das eleições, realização de um novo pleito e a prisão de autoridades, entre elas do presidente do Tribunal do Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.
À PF, Cid também explicou por que gravou a reunião ministerial de julho de 2022 na qual Bolsonaro e ministros defendem “ações” e um “plano B” a serem implementados antes das eleições de 2022. Segundo ele, Bolsonaro sempre lhe pedia para gravar os encontros para produzir material para as suas redes sociais. O teor daquela reunião, no entanto, só foi revelado pela investigação da Polícia Federal no último mês.
Conforme pessoas que acompanharam o depoimento, Cid também falou sobre os casos das joias e do cartão de vacinas nos quais ele também é investigado. Boa parte dos questionamentos da PF, no entanto, se dedicavam a tirar dúvidas sobre o suposto plano golpista.
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