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Dentista do Hospital Regional de Taguatinga cria abridor de boca em silicone que melhora o atendimento de pessoas com deficiência
A cirurgiã-dentista Andréia Aquino criou um abridor de boca feito em silicone, próprio para atendem pacientes com deficiências | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF
Uma situação atípica no dia a dia da cirurgiã-dentista Andréia Aquino, que atua no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), transformou-se em uma ideia inovadora. A tradicional espátula de madeira usada como abridor de boca não resistiu à força da mordida e quebrou-se durante o atendimento de um paciente adulto diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de nível 3, machucando a mucosa bucal dele. Após a intercorrência, a profissional concluiu: era preciso buscar novas formas de atendimento.
“Isso já me angustiava. Eu pensava: ‘não está certo’. Tem que haver algum produto que seja, ao mesmo tempo, seguro e confortável para pacientes e profissionais”, relembra. Especialista no atendimento a pessoas com deficiência (PCD), Andréia Aquino voltou o olhar para o mercado de produtos odontológicos e encontrou escassez de soluções dedicadas ao segmento. Restava apenas uma opção: criar um equipamento completamente inédito.
Foi assim, após cinco anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com uma empresa nacional, que um novo abridor de boca feito em silicone foi incorporado à indústria de produtos odontológicos.
Em Santa Cruz, na Bolívia, a dentista Shirley Villegas utiliza diariamente o equipamento em sua rotina profissional. “Admiro e aprecio a profissional Andréia Aquino por ajudar os dentistas da América Latina a oferecer um atendimento de melhor qualidade e de forma bastante prática”, declara a especialista em odontopediatria para pessoas com deficiência.
“Não tem nada mais gratificante do que assistir à mudança de comportamento do paciente”Andréia Aquino, cirurgiã-dentista do HRT
O abridor também tem sido empregado em atendimentos odontopediátricos e em unidades de terapia intensiva (UTIs). Logo após o lançamento, em 2020, todos os profissionais responsáveis pelo atendimento odontológico a PCD nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) receberam, por meio de doação, uma unidade do instrumento. O projeto também priorizou a reutilização, permitindo esterilização para uso em ambiente profissional e higienização em contexto doméstico.
A família de Chaim Ben Moisés, 93, é grata à recomendação feita pela neta Monique Moisés, 23, quando ainda era aluna de odontologia da professora Andréia Aquino. Na doença de Parkinson, a dificuldade em controlar a saliva e engolir aumenta o risco de aspiração de patógenos da boca para os pulmões, o que pode causar infecções graves. Manter a boca limpa é essencial para reduzir a carga bacteriana. “O equipamento facilitou muito a higienização oral. Fez com que minha avó e as cuidadoras de meu avô pudessem ampliar o cuidado junto a ele”, explica a jovem cirurgiã-dentista.
De acordo com a profissional do HRT, a mudança na qualidade de vida dos pacientes é o que motiva sua atuação diária. “Não tem nada mais gratificante do que assistir à mudança de comportamento do paciente; ver aquele brilho surgindo nos olhos da família quando passa a acreditar que pode e vai dar conta de contribuir com os cuidados e a higiene bucal necessários”, revela Aquino.
A relação próxima com familiares e cuidadores de pessoas com deficiência segue inspirando novos projetos. Ao identificar outra carência, desta vez no cuidado de quem cuida, a profissional do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal (SUS-DF) propôs terapia comunitária para mães atípicas.
Os encontros mensais, conduzidos por voluntários, oferecem oportunidade de cuidado integral, troca de experiências e conexões com outros cuidadores, além de um espaço de partilha de informações e orientações especializadas.
Em setembro, em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a programação inclui apresentação sobre os direitos das pessoas com deficiência. A data, celebrada neste domingo (21), tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão desse público na sociedade.
Há 31 anos atuando na SES-DF, desde quando cumpria escala como técnica em enfermagem em unidade hospitalar, Aquino tem o SUS como a sua verdadeira escola. “Acho que tudo o que sou enquanto profissional eu aprendi graças ao SUS, com as equipes e os profissionais com quem trabalhei e com os pacientes que encontrei. Foi onde eu aprendi, onde ganhei experiência. Talvez, agora, eu possa retribuir um pouco do que ele me deu”, finaliza.
*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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