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Cobertura vacinal do calendário infantil segue baixa no DF

30 de março, 2022

A vacina BCG foi a única a atingir a meta Nos meses de janeiro a agosto de 2021, no Distrito Federal, a única vacina do […]

Cobertura vacinal do calendário infantil segue baixa no DF
Divulgação/Agência Brasília

A vacina BCG foi a única a atingir a meta

Nos meses de janeiro a agosto de 2021, no Distrito Federal, a única vacina do calendário infantil a atingir a meta proposta pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi a BCG, imunizante que previne formas graves da tuberculose. Para as vacinas BCG e Rotavírus, a meta é de 90%. Para as demais é de 95%. De acordo com o boletim mais recente da Secretaria de Saúde, a cobertura da BCG ficou em 97,2% no período avaliado.

Só a vacinação adequada de todo o público-alvo pode evitar que doenças como sarampo, difteria, poliomielite e outras voltem a circular | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

“Cobertura vacinal abaixo da meta significa que existem muitas crianças que não estão vacinadas ou que começaram o esquema vacinal, mas não concluíram. Isso expõe não só as crianças, mas toda a coletividade, a doenças para as quais já existe prevenção por meio de vacinas” – Fernanda Ledes, técnica de imunização da Secretaria de Saúde

Em 2021, o processo de implantação da BCG nas maternidades públicas e Institutos de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) foi concluído. Atualmente, o imunizante é oferecido nesses locais e na Casa de Parto de São Sebastião. “Por esse motivo, essa vacina atinge a meta de cobertura vacinal no DF, pois o acesso às crianças que nascem nesses serviços foi facilitado”, avalia a enfermeira da área de técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes.

Foto: Breno Esaki/Arquivo/Agência Saúde

Cenário de alerta

A enfermeira define a situação atual como de alerta. “Cobertura vacinal abaixo da meta significa que existem muitas crianças que não estão vacinadas ou que começaram o esquema vacinal, mas não concluíram. Isso expõe não só as crianças, mas toda a coletividade, a doenças para as quais já existe prevenção por meio de vacinas”, ressalta.

Só a vacinação adequada de todo o público-alvo pode evitar que doenças como sarampo, difteria, poliomielite e outras voltem a circular. “Essas enfermidades circulam pelo país e pelo mundo e podem causar complicações e óbitos”, reforça Fernanda.

Apenas a BCG e a tríplice viral registraram aumento na cobertura. O cenário é de queda na imunização do público-alvo nas demais vacinas  | Reprodução: Agência Saúde

Dados da cobertura vacinal no DF

Em comparação com os meses de janeiro a agosto de 2020, só as vacinas BCG e tríplice viral registraram aumento na cobertura. Para as demais, o cenário é de queda na imunização do público-alvo. “A vacina tetra viral teve sua produção descontinuada pelo laboratório e a substituição é feita pela tríplice viral, o que explica o baixo índice registrado para a primeira e o aumento da cobertura pela segunda”, esclarece a enfermeira.

Ela analisa que o cenário da pandemia que fez com que muitas pessoas não procurassem as salas de vacinação e até mesmo o próprio desconhecimento por parte da população sobre a importância da vacinação podem explicar o cenário de queda na cobertura.

“É importante que a população busque as salas de vacinação para verificar se as doses estão em dia, guarde a caderneta de vacinação e fique sempre atenta às campanhas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde”, indica Fernanda.

As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Confira aqui: https://www.saude.df.gov.br/locaisdevacinacao/

*Com informações da Secretaria de Saúde

Agência Brasília* | Edição: Renata Lu