Gasolina e diesel vão subir de preço no sábado
Aumento do ICMS foi acertado por governadores em outubro e reflete novo modelo de cobrança do tributo, aprovado em 2022. Tire suas dúvidas
Níveis altos de HDL não significam muita coisa para algumas pessoas, concluíram cientistas nos Estados Unidos Pesquisadores analisaram dados de mais de 23 mil pessoas durante cerca de uma década FREEPIK O colesterol HDL, chamado também de colesterol ‘bom’, tem sido descrito há muito tempo como um preditor do risco de doença cardiovascular na população …
Níveis altos de HDL não significam muita coisa para algumas pessoas, concluíram cientistas nos Estados Unidos
O colesterol HDL, chamado também de colesterol ‘bom’, tem sido descrito há muito tempo como um preditor do risco de doença cardiovascular na população geral. No entanto, agora um grupo de cientistas descobriu que essa não é uma regra que vale para todos.
Em um artigo publicado nesta segunda-feira (21) no Journal of the American College of Cardiology, os pesquisadores verificaram que é possível prever risco maior de infarto e morte, por exemplo, somente em pessoas brancas que apresentem baixos níveis de colesterol HDL.
Os estudos que moldaram a percepção sobre níveis “bons” de colesterol e a saúde do coração foram conduzidos na década de 1970, com pesquisas que envolviam basicamente adultos brancos.
No presente trabalho, a equipe da pesquisadora Nathalie Pamir, professora da Oregon Health & Science University, analisou dados de 23.901 adultos dos Estados Unidos, negros e brancos, na meia-idade e sem histórico de doenças cardíacas.
Todos os participantes tinham características semelhantes, incluindo idade, níveis de colesterol e fatores de risco subjacentes para doenças cardíacas, como diabetes, pressão alta ou tabagismo.
As informações coletadas foram analisadas ao longo de mais de uma década, período em que 664 negros e 951 brancos sofreram um infarto ou morreram em decorrência de um.
Os níveis aumentados de colesterol LDL e triglicerídeos contribuíram para o desfecho, confirmando o que já se observara em estudos anteriores.
A novidade foi justamente o fato de pessoas negras com níveis altos de colesterol ‘bom’ não apresentarem risco menor de infarto.
O estudo ainda expande achados de outros trabalhos que mostram que altos níveis de colesterol HDL, na verdade, nem sempre estão associados a risco reduzido de problemas cardiovasculares no futuro.
Dessa forma, os autores entendem que esse medidor pode ser inespecífico ao se analisar o risco de infarto.
“Isso pode significar que, no futuro, não receberemos um tapinha nas costas de nossos médicos por termos níveis de colesterol HDL mais altos”, afirma Nathalie em comunicado.
Segundo a professora, o papel do colesterol HDL na saúde do coração precisa ser revisado, levando em consideração não apenas a quantidade, mas a qualidade — na coleta e transporte do excesso de colesterol do corpo.
“O colesterol HDL tem sido um fator de risco enigmático para doenças cardiovasculares. As descobertas sugerem que é necessário um mergulho mais profundo na epidemiologia do metabolismo lipídico, especialmente em termos de como a raça pode modificar ou mediar essas relações”, complementa o vice-chefe de epidemiologia da Divisão de Ciências Cardiovasculares do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos EUA, Sean Coady.
Por fim, os autores ressaltam a necessidade de se pensar em uma recalibragem das calculadoras de risco de doença cardiovascular que utilizam o colesterol HDL como item.
“Quando se trata de fatores de risco para doenças cardíacas, eles não podem ser limitados a uma raça ou etnia. Eles precisam se aplicar a todos”, ressalta Nathalie.
Chamado de colesterol “ruim”, o LDL é um tipo de gordura que se deposita na parede de vasos sanguíneos. Com o tempo, forma-se um quadro chamado aterosclerose.
Essas placas de gordura podem se soltar e causar infarto e AVC (acidente vascular cerebral).
Já o colesterol HDL “carrega o acúmulo de colesterol e placas das artérias para o fígado, para que possa ser eliminado do corpo”, segundo o Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue.
Veja mitos e verdades sobre o colesterol:
Ovo aumenta o colesterol? Sim. O cardiologista Fernando Costa, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), afirma que o ovo de galinha possui 150 mg de LDL (colesterol ruim), sendo quase o total do recomendado para um dia (200 mg). A área com maior quantidade de colesterol é a gema, pois é onde seria formado o embrião. Para pessoas que já têm níveis elevados de colesterol, o cardiologista afirma que o consumo de ovos não é proibido, mas deve ser evitado
O que é o colesterol? O cardiologista explica que o colesterol é uma gordura que todas as pessoas produzem e absorvem, sendo necessária para funções como a absorção de vitaminas e para a produção de hormônios. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo corpo e o restante é adquirido por meio da alimentação
Exercícios aumentam os níveis de colesterol bom e diminuem o colesterol ruim? Sim. O cardiologista explica que a prática de exercícios estimula a produção de HDL (bom colesterol) e queima o LDL presente nos músculos e diminui a absorção corporal da substância. Entretanto, os exercícios não eliminam as placas de gordura de colesterol dos vasos sanguíneos
Os remédios de colesterol funcionam sozinhos ou precisam de exercícios? Costa explica que os remédios funcionam sozinhos, mas a prática de exercícios melhora as condições e ajuda a baixar os níveis. O médico alerta que, embora o remédio ajude a controlar os níveis de colesterol, ele não cura a doença, visto que, uma vez que as placas de gordura se instalam nas paredes dos vasos, elas não saem
Carne branca tem os mesmos níveis de colesterol da carne vermelha? Sim, desde que seja retirada a gordura da carne, o que ocasiona a maior diferença de valores de colesterol, sejam elas carnes de vaca, porco, peixe ou frango. Sem a gordura, as carnes apresentam teores semelhantes de colesterol. Costa afirma que as principais áreas que contêm colesterol ruim para o consumo são a pele, o cérebro e o fígado
Os altos níveis de colesterol podem apresentar sinais? Sim. Alguns sinais que o colesterol alto pode apresentar são xantelasmas (bolinhas de gordura perto do olho), lipemias retinalis ou xantomas, quando a pessoa fica exposta aos altos níveis por muitos anos e aparecem onde há uma exacerbação de depósitos
O colesterol pode matar a curto ou a longo prazo? Costa afirma que o colesterol pode matar a longo prazo devido às placas de gordura que se acumulam nas artérias ao longo dos anos. O acúmulo forma arteriosclerose e, assim, levam ao entupimentos dos vasos sanguíneos, que podem levar ao infarto
Crianças também têm que cuidar do colesterol? Sim. Costa afirma que principalmente as crianças que tenham pais e avós que tenham sofrido infarto devem prestar atenção, precisando consultar o médico já aos 5 anos de idade. O cardiologista alerta que o colesterol não é um problema que afeta apenas pessoas mais velhas. Entre os cuidados que devem ser tomados, estão a prática de atividades físicas, redução de peso e dieta adequada. O médico afirma que os níveis de colesterol em crianças devem ser abaixo de 180 mg/dL e, caso precisem de medicamentos, eles só podem ser usados a partir dos 10 anos com supervisão médica
Quatro em dez brasileiros tinham colesterol alto em 2018. Esses números mudaram? Não. O cardiologista afirma que os números são verdadeiros e com tendência a aumentar visto que o Brasil é o país com maior taxa de sedentarismo do mundo, tem uma população obesa com grande circunferência abdominal e com grandes índices de tabagismo e estresse
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
Aumento do ICMS foi acertado por governadores em outubro e reflete novo modelo de cobrança do tributo, aprovado em 2022. Tire suas dúvidas
O governo vê o aumento do preço dos alimentos e a crise envolvendo o Pix como os principais responsáveis pela queda na aprovação da gestão
Presidente defende 'estabilidade', mas pondera que 'povo pobre' não pode pagar preço de 'cortes desnecessários'
Veículos elétricos e híbridos não pagarão mais o imposto; decreto determina que a Receita adote a medida