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Arthur Elias convoca a seleção brasileira para período de treinamentos: ‘Evolução constante’
Treinador chamou 30 atletas para os treinos que serão feitos durante a Data Fifa entre os dias 17 e 26 de fevereiro
Tricampeão mundial, havaiano John John Florence, que tirou ano sabático nesta temporada, desbancou sequência de cinco títulos seguidos do Brasil
Com 12 surfistas representando a bandeira verde e amarela no masculino e feminino, a temporada 2025 da WSL (Liga Mundial de Surfe) começa, hoje, na temida onda de Pipeline, Havaí — a primeira chamada acontece às 14h30 (de Brasília). Os tricampeões Gabriel Medina e John John Florence desfalcam a elite neste ano. O brasileiro sofreu uma lesão no tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo durante uma sessão nas férias, enquanto o havaiano tirou um ano sabático após quebrar a hegemonia de cinco títulos seguidos do Brasil, mas aceitou o convite para competir “em casa”. Fica a questão: a Brazilian Storm reassumirá o topo do mundo ou é o início de uma nova era dos estrangeiros?
No ano passado, apenas Italo Ferreira se classificou ao Finals — etapa decisiva que reúne os cinco melhores da temporada regular — entre os homens e, mesmo sendo o último cabeça de chave, terminou como vice-campeão. Desde que Medina alcançou o feito inédito em 2014, Florence foi o único “intruso” com três conquistas (2016, 2017 e 2024) em meio ao domínio brasileiro. Já os australianos Jack Robinson e Ethan Ewing e o americano Griffin Colapinto disputaram o título nas duas últimas edições, mas bateram na trave. A última vez que um trio brasileiro teve a chance de levantar o troféu no último evento foi em 2021, quando Medina levou o tri na primeira edição do novo formato.
A volta de Filipe Toledo, bicampeão mundial, é uma das novidades da temporada. Depois de ficar afastado das competições para cuidar da saúde mental e passar mais tempo com a família no ano passado, ele retoma a rotina na elite do surfe, mas já lida com um calendário recheado de mudanças para 2025. Acostumado a decidir o título mundial no “quinta de casa” da onda de Trestles, Califórnia, Toledo terá que encarar, caso termine entre os cinco primeiros, as esquerdas de Cloudbreak, Fiji, onde será o novo palco do Finals. O melhor resultado dele por lá foi um nono lugar, em 2014.
— Minha prioridade esse ano é me divertir, curtir e pegar onda. Passar baterias, ganhar campeonatos, se tudo der certo. Se acontecer de estar no Finals, show de bola, mas quero aproveitar o circuito mundial — disse Toledo, em coletiva antes do campeonato.
Com 11 etapas na temporada regular, duas a mais que na edição anterior, o circuito mundial recebe pela primeira vez a piscina de ondas de Abu Dhabi, Emirados Árabes, após Pipeline. Também conta com os retornos de Snapper Rocks, Austrália, depois de cinco anos, e Jeffreys Bay, África do Sul, que ficou fora em 2024. Já Trestles continua no Tour, mas deixa de consagrar os campeões, enquanto Saquarema vai para sua sétima edição.
— Já tive a oportunidade de testar a piscina de ondas do Kelly (Slater), em Abu Dhabi, e é muito irado, costumo ir muito bem nesse tipo de desafio. Gostei bastante da volta de Jeffreys Bay também, é um lugar onde meu surfe se encaixa demais com esse estilo de onda. Acho que Saquarema e Trestles também podem me favorecer bastante, mas, no geral, é um calendário muito bom. Estou ansioso para voltar à WSL (Liga Mundial de Surfe) — destaca Toledo.
Outra alteração é o momento do corte no meio da temporada. A etapa de Margaret River, Austrália, segue como a derradeira antes da redução de 34 para 22 surfistas no masculino e 17 para dez no feminino. Mas, agora, são sete eventos em busca da permanência na elite em vez de apenas cinco desde a introdução do formato, em 2022. Os estreantes e atletas que subiram à primeira divisão podem se beneficiar dessa mudança, já que terão mais tempo de adaptação para disputarem no mesmo nível dos melhores do mundo.
São os casos dos brasileiros Miguel Pupo, Ian Gouveia, Deivid Silva, Alejo Muniz, Edgard Groggia e Samuel Pupo. O quinteto se junta a Toledo, Italo, Yago Dora e João Chianca. Caso Medina não estivesse ausente no ano, o país igualaria o recorde de 11 representantes no masculino, assim como em 2001, 2018, 2019 e 2021.
Onze vezes campeão mundial, Kelly Slater deixou a aposentadoria de lado para participar de Pipeline como convidado. O americano, que busca o nono título na etapa havaiana, tem pela frente os brasileiros Italo e Samuel na bateria da primeira rodada.
Entre as mulheres, a medalhista olímpica de prata Tatiana Weston-Webb ganhou uma compatriota de última hora na elite deste ano. Luana Silva herdou a vaga da australiana Stephanie Gilmore, oito vezes campeã mundial, que tirou mais um ano sabático do Tour. As duas representantes buscam o primeiro título mundial do surfe feminino brasileiro. Elas caíram na mesma bateria da primeira fase em Pipeline, ao lado da australiana Sally Fitzgibbons.
Terceira colocada na última temporada, Tatiana tem como novidade a mudança de treinador. Após quatro anos, ela encerrou a parceria com o havaiano Ross Williams , o que deu lugar ao brasileiro e campeão mundial Adriano de Souza, o Mineiro.
Yago Dora (BRA) x Seth Moniz (HAV) x Edgard Groggia (BRA)
Italo Ferreira (BRA) x Samuel Pupo (BRA) x Kelly Slater (EUA)
John John Florence (HAV) x Ian Gouveia (BRA) x Eli Hanneman (HAV)
Jake Marshall (EUA) x Connor O’Leary (JPN) x Miguel Pupo (BRA)
Ramzi Boukhiam (MAR) x Cole Houshmand (EUA) x Deivid Silva (BRA)
Filipe Toledo (BRA) x Barron Mamiya (HAV) x Alejo Muniz (BRA)
João Chianca (BRA) x Ryan Callinan (AUS) x Marco Mignot (FRA)
Tatiana Weston-Webb (BRA) x Sally Fitzgibbons (AUS) x Luana Silva (BRA)
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