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Confira os 10 golpes mais comuns contra idosos e aprenda a evitá-los

6 de setembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Cliente de banco que for vítima de crime deve, imediatamente, notificar sua instituição financeira para que sejam adotadas medidas adicionais de segurança

Confira os 10 golpes mais comuns contra idosos e aprenda a evitá-los
Bandidos usam golpe para pegar dados — Foto: Freepik

Golpistas cada vez mais se aproveitam do aumento das transações digitais para aplicar golpes por meio da engenharia social — manipulação psicológica do usuário para que forneça informações confidenciais. Os alvos preferidos dos criminosos são os idosos. Lista abaixo os dez golpes mais comuns aplicados contra este público.

No caso de o cliente de um banco ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar imediatamente sua instituição financeira para que sejam adotadas medidas adicionais de segurança, como bloqueio do aplicativo e senha de acesso, e fazer um boletim de ocorrência, recomenda a Federação Brasileira de Bancos (Febraban.)

Confira abaixo os principais golpes financeiros listados pela instituição e dicas de como evitá-los.

1) Golpe da falsa central telefônica/falso funcionário

O que é: O fraudador entra em contato com a vítima se passando por funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo, e informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos. A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima e orienta que realize transferências alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.

Como evitar: O cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas contendo solicitações de dados. Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança. Também não solicitam que o cliente realize transferências ou pagamentos alegando estornos de transações. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar e, de outro telefone, deve entrar em contato com os canais oficiais de seu banco.

2) Golpe do falso empréstimo consignado

O que é: O fraudador se passa por um funcionário de instituição financeira, liga para a vítima e oferece empréstimos com condições vantajosas ou ainda uma portabilidade. Para que garanta a oferta, pede ao consumidor que faça um depósito bancário referente a taxas de cadastro ou pede antecipação de alguma parcela para que possa liberar o dinheiro. Também solicita dados pessoais e financeiros do cliente.

Como evitar: A Febraban alerta que não existe nenhum empréstimo em que a pessoa precise fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de IOF, taxas falsas de cadastros ou antecipação de parcela. Desconfie de promessas de vantagens exageradas. E jamais deposite dinheiro na conta de quem quer que seja com a finalidade de garantir o negócio.

3) Golpe da ajuda em caixas eletrônicos (ATMs)

O que é: Neste golpe, o cliente está fazendo uma transação financeira em um caixa eletrônico, o chamado ATM (terminal de autoatendimento), e o bandido oferece ajuda. O objetivo é visualizar a senha e depois trocar o cartão verdadeiro por outro, quando a vítima não estiver prestando atenção.

Como evitar: Se precisar de ajuda ou tiver qualquer problema com o caixa eletrônico durante o expediente bancário, o cliente sempre deve procurar um funcionário identificado do banco e nunca aceitar ajuda de terceiros.

4) Golpe do falso presente de aniversário/falso brinde

O que é: De posse dos dados pessoais e datas de aniversários, criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar ou um presente de aniversário, e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente. Os criminosos entregam algo para a vítima, geralmente flores, cosméticos ou chocolate, e nesse momento, pedem o pagamento de taxa de entrega, que só pode ser paga com cartão. O ”entregador” geralmente usa uma maquininha com o visor danificado, que impossibilita a visualização do valor digitado na tela. Outra forma é o golpista usar algum artifício para desviar a atenção da vítima, para que ela digite a senha no campo destinado ao valor da compra, possibilitando a visualização e o uso.

Como evitar: Nunca aceite presentes e brindes inesperados, sem saber quem realmente mandou. Não forneça dados pessoais em links enviados pela internet de supostas promoções e tenha muito cuidado ao preencher cadastros na internet. Não aceite realizar pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado, impedindo que você veja o valor real que está pagando. Jamais aceite tirar fotos ou selfies para receber brindes ou em qualquer outro pedido de desconhecidos.

5) Golpe de vendas falsas

O que é: Criminosos criam páginas falsas que simulam e-commerce, enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e investem na criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.

Como evitar: É preciso ficar muito atento. O produto tem um preço médio no comércio de R$ 1.000, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300? Há fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em rede social? Pare, pense e desconfie. Pode ser golpe. Tome muito cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dê preferência aos sites conhecidos para as compras .

6) Golpe do WhatsApp

O que é: O golpista descobre o número do celular e o nome da vítima de quem pretende clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações, tenta cadastrar o WhatsApp da vítima em seu aparelho. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Os fraudadores, então, enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) de site de vendas ou de empresa que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, afirmando se tratar de uma atualização/protocolo, manutenção ou confirmação de cadastro.

Como evitar: Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.

7) Golpe do phishing (pescaria digital)

O que é: O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing é por mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais.

Como evitar: Nunca clique em links recebidos por mensagens. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados. Na dúvida, fale com seu banco.

8) Golpe do falso motoboy

O que é: O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário de banco e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, o golpista orienta que a pessoa corte o cartão ao meio e peça um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações financeiras.

Como evitar: Fique atento! Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa de clientes.

9) Golpe da troca de cartão

Como é: Golpistas que se passam de vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro.

Como evitar: Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa.

10) Golpe do falso sequestro

Como é: Criminosos entram em contato com a vítima por telefone. Do outro lado da linha, uma pessoa simula uma voz de choro, chama a vítima de pai ou mãe e diz que foi sequestrado. A própria pessoa acaba dando informações que ajudam o bandido a completar o golpe. A partir daí, entra na ligação um criminoso anunciando o sequestro e exigindo um resgate imediato para que liberte o falso sequestrado.

Como evitar: Sempre desconfie deste tipo de ligação, porque a chance de ser um golpe é muito grande. Tenha calma e não tome atitudes precipitadas. Nunca fale o nome da pessoa que poderia ter sido sequestrada. Se possível, peça a alguém que está com você para ligar de um outro telefone para o familiar. O ideal é deixar combinado com família e amigos uma senha ou uma palavra-chave para situações reais de perigo.


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