BRASÍLIA

Conheça os principais direitos da pessoa autista

23 de junho, 2023

Vaga preferencial, isenção de impostos e redução da jornada de trabalho do cuidador principal são garantidos por lei Durante a Semana Azul, iniciativa que informa sobre o universo do autismo por meio da arte durante esta semana em espaços públicos do DF, os direitos da pessoa autista estão entre os assuntos abordados. Foto: Divulgação/Agência Brasília Em …

Vaga preferencial, isenção de impostos e redução da jornada de trabalho do cuidador principal são garantidos por lei

Durante a Semana Azul, iniciativa que informa sobre o universo do autismo por meio da arte durante esta semana em espaços públicos do DF, os direitos da pessoa autista estão entre os assuntos abordados.

Conheça os principais direitos da pessoa autista

Foto: Divulgação/Agência Brasília

Em 2012, a Lei Berenice Piana (Lei nº 12764/2012) instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conseguindo equiparar a pessoa no espectro autista à pessoa com deficiência.

Com isso, essa parcela da população conquistou diversos direitos, a começar pela carteirinha de identificação, como adaptação de ambientes ruidosos de trabalho e estudo, auxílio assistencial, prioridade no ressarcimento no imposto de renda, medicamentos gratuitos, meia-entrada em qualquer espaço cultural de lazer, vaga em estacionamentos e 80% de redução da passagem dos acompanhantes de pessoas com autismo, entre outros benefícios.

Arte: Divulgação

Atualmente, existem políticas públicas e rede de apoio para as mães atípicas. Cuidadores principais podem procurar, além dos órgãos de defesa da categoria, núcleos nas faculdades que prestam esse atendimento.

Desafios diários

A presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Autismo da OAB-DF, Flávia Dias Amaral, é mãe atípica: tem um filho de 4 anos diagnosticado com nível 2 de autismo. De acordo com ela, a maior dificuldade enfrentada pelos pais atípicos é na mediação escolar, para que as instituições coloquem pessoas que entendam as particularidades da pessoa autista. “As pessoas acreditam que o autista de nível 1 não tem dificuldades, mas ele é mais produtivo em um ambientes adaptados”, ressalta a especialista.

Também na categoria das mães atípicas, Cíntia Rogner contou a experiência que teve com o filho de 9 anos, diagnosticado com autismo aos 3: “Ele demorou a desenvolver a fala. O Fábio não me obedecia, não dava tchau, não interagia… Eu me achava uma mãe muito incompetente, até que o levei à fonoaudióloga e ela o encaminhou para um neurologista. Rapidamente o profissional identificou o autismo e passei para uma psicóloga especializada”.

Cíntia lembrou que o menino precisou de ajuda para procedimentos aparentemente simples, como se comunicar e interagir: “A incompreensão pega. Autismo, você não vê na cara, então as pessoas perguntam: ‘por que você está na fila?’ E a gente tem que explicar que, para a pessoa autista, esperar é uma agonia; elas possuem baixa tolerância à frustração e à sobrecarga ambiente. São crianças que precisam aprender a brincar e se relacionar. Precisamos habilitar esses meninos para o mundo e para a vida, e o mundo é muito plural”.

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