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Ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi nomeado subsecretário de Segurança e Ordem Pública após não se eleger vereador em Saquarema (RJ), na Região dos Lagos
A prefeitura de Saquarema (RJ), na Região dos Lagos fluminense, afirmou ao Globo que a nomeação de Fabrício Queiroz ao cargo de subsecretário de Segurança e Ordem Pública se deu pela “experiência” do policial militar reformado. O cargo com remuneração acima de R$ 10 mil foi criado após a posse da prefeita Lucimar Vidal (PL) especialmente para o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que atuou junto ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e foi pivô do caso que ficou conhecido como “rachadinha” . Vidal contou com o apoio de bolsonaristas no pleito municipal de 2024.
“A Prefeitura de Saquarema informa que a nomeação de Fabrício Queiroz para o cargo de subsecretário de Segurança foi realizada em conformidade com as legislações vigentes. Queiroz é PM reformado e possui trinta anos no setor de segurança e experiência para exercer o cargo na administração pública”, disse a gestão municipal, em nota.
Nem a portaria que nomeou o ex-policial militar nem a lei que estipulou a criação do posto trazem a informação sobre o salário da função, tipificada como um Cargo Comissionado do Executivo (CCE) de nível 15, o mais alto possível para esse tipo de atuação. Tampouco foi possível encontrar no Portal de Transparência da prefeitura, que apresenta problemas para consulta, a remuneração para atividade equivalente. Tomando como referência publicações passadas, no entanto, é possível inferir que Queiroz receberá mais de R$ 10 mil mensais — valor destinado aos nomeados de nível CCE-14.
Segundo a prefeitura, o cargo de Queiroz tem como atribuição “auxiliar o secretário da pasta na gestão administrativa, na formulação, coordenação e supervisão das políticas de segurança e ordem pública”, de modo a garantir a “implementação eficiente das ações estratégicas, a integração entre as forças de segurança e o atendimento às demandas municipais relacionadas à proteção da comunidade e ao bem-estar público”.
O ex-amigo de infância dos filhos de Bolsonaro chegou a lançar candidatura à Câmara Municipal da cidade no ano passado. Queiroz não foi eleito, após conseguir apenas 588 votos, e ficou como suplente.
Não foi a primeira vez que Queiroz concorreu para um cargo na política fluminense. Em 2022, ele disputou uma vaga para deputado estadual pelo Rio de Janeiro, mas obteve somente 6,7 mil votos e não se elegeu.
Se em 2022 ele não contou com manifestações de apoio de integrantes da família Bolsonaro, em 2024 o filho 01 do ex-presidente, Flávio, gravou um vídeo ao lado do antigo assessor em apoio à candidatura. Na mídia, publicada nas redes sociais do candidato, Flávio diz que o ex-funcionário foi perseguido e usado para tentar atingir a família Bolsonaro.
— Todo mundo está vendo as perseguições com quem é de direita. O Queiroz foi vítima disso lá atrás, tentaram usar ele para nos atingir. Graças a Deus não conseguiram e ele tá aqui, cabeça erguida e peito aberto, pedindo voto em Saquarema. E eu to pedindo pra vocês também — disse Flávio na gravação, na qual, ao fim, chama o ex-assessor de “comando” e o abraça.
O encontro marcou a primeira vez que um membro do clã Bolsonaro esteve em público com o antigo amigo desde que surgiram suspeitas de que Queiroz estava operando um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, que era deputado estadual na época.
Em novembro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou Queiroz, Flávio e outros assessores do filho do ex-presidente por supostos desvios na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). No entanto, a defesa do atual senador conseguiu anular a ação criminal com base em erros processuais, e o mérito do caso acabou nunca sendo julgado.
O ponto de partida do caso das rachadinhas foi um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. À época, o ex-assessor de Flávio argumentou que fazia “rolos” com venda de carros.
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