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Conselho do Corinthians abre o processo de impeachment

21 de janeiro, 2025 | Por: Redação

Decisão adia a votação por causa de polêmicas e confusão durante a reunião

O Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na noite da última segunda-feira mais uma vez para tratar do impeachment do presidente Augusto Melo – na primeira, em dezembro, uma liminar da Justiça interrompeu o encontro.

Após a reunião marcada por confusões, Augusto Melo acusou Tuma na saída e disse que ele é “um ditador” – Foto ReproduçãoTV CNN

Desta vez, após mais de quatro horas de debates acalorados e algumas polêmicas, a admissibilidade do processo de destituição foi aprovada, mas a reunião acabou suspensa antes de que houvesse a votação para decidir se o cartola seria ou não afastado.

Com a presença de 240 membros, o Conselho Deliberativo do Corinthians votou a admissibilidade do processo de impeachment: em outras palavras, decidiu se abriria ou não a votação para que Augusto Melo fosse afastado. O “sim” venceu por margem de 12 votos: 126 a 114. Se a maioria tivesse optado pelo “não”, o caso seria prontamente arquivado.

A apuração dos votos foi encerrada às 23h16. Se o afastamento de Augusto Melo fosse decidido na mesma reunião, ela iria se arrastar madrugada adentro. Alguns conselheiros, principalmente os mais velhos, alegaram cansaço, e Romeu Tuma Jr, presidente do órgão, disse ter recebido informações de que a Polícia Militar não permaneceria no local até o fim da reunião – o que a PM nega.

SUSPENSÃO

Tuma consultou a defesa de Augusto Melo e o presidente da Comissão de Ética e Disciplina do clube, Roberson Medeiros, que concordaram em finalizar a reunião em outro dia. Assim, o encontro foi suspenso.

Os conselheiros se reuniram em um dos ginásios do Parque São Jorge e houve confusão dentro e fora do local. Augusto Melo e seus apoiadores se revoltaram quando Romeu Tuma Jr tentou decidir por aclamação a admissibilidade do processo. Neste modelo de votação, os conselheiros manifestam seu desejo permanecendo sentados ou levantando-se.

Após confusão, Tuma concordou em fazer tal votação de forma secreta. Porém, na reta final, faltaram cédulas de papel, o que gerou recontagem dos votos e, consequentemente, atraso na apuração do resultado.

Ao deixarem o Parque São Jorge, alguns conselheiros foram hostilizados por apoiadores de Augusto Melo que estavam dentro do local. Um deles, o ex-diretor-adjunto de futebol Sérgio Janikian, chegou a ser agredido. O vice-presidente Armando Mendonça também foi cercado por alguns homens.

A continuidade da reunião ainda não tem data para acontecer. O que já é certo é que não será na próxima segunda-feira. Segundo Romeu Tuma, isso foi decidido em comum acordo com a defesa de Augusto Melo.

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