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Copa do Mundo de clubes: veja cinco momentos em que europeus passaram recibo da dor de cotovelo

22 de junho, 2025 | Por: Agência O Globo

Times sul-americanos estão em vantagem nos confrontos contra as equipes da Europa no Mundial de Clubes

Os times sul-americanos estão “tirando onda” neste Mundial de Clubes da Fifa. Principalmente se o jogo for contra um time europeu. Nos confrontos diretos contra as equipes da Europa, a vantagem é dos sul-americanos, que venceram duas vezes e perderam apenas uma — Houve ainda três empates no torneio.

Com o bom desempenho dos times da América do Sul, os clubes da Europa estão cada vez incomodados, principalmente por terem um aproveitamento pior do que os sul-americanos. Por isso, o EXTRA separou cinco momentos em que europeus “passaram recibo da dor de cotovelo” neste Mundial de Clubes.

Diferença nos calendários

Antes dessa terça, a última partida do Borussia Dortmund havia sido há exatamente um mês, pela última rodada do Campeonato Alemão. Depois, o elenco entrou de férias, com exceção dos jogadores que defenderam suas seleções nacionais na Data Fifa, e retornou recentemente para alguns treinos antes da estreia no Mundial.

Enquanto isso, o Fluminense está no meio da temporada no Brasil. Segundo Pascal Gross, essa diferença física ficou nítida em campo.

— Os jogadores do Fluminense são muito bons tecnicamente, fortes, físicos. Eles estão no meio da temporada. Deu para ver que eles estão afiados, em bom ritmo de jogo. Mas não estamos tanto tempo sem competição, então precisamos melhorar rápido. Não conseguimos igualar o ritmo hoje, tivemos alguns momentos, mas eles tiveram as melhores oportunidades — respondeu Gross, de 34 anos, um dos líderes do elenco do Dortmund.

Fluminense enfrenta o Borussia Dortmund esta tarde em New Jersey pela 1ª rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025. FOTO:Marcelo Gonçalves/Fluminense

Gramado do MetLife Stadium

Além da diferença no calendário, o meia Pascal Gross reclamou do gramado do MetLife Stadium, em Nova Jersey, ao relembrar da partida contra o Fluminense. O jogador alemão disse que este foi outro fator de dificuldade, embora tenha rechaçado que seja uma justificativa para o pobre desempenho da equipe diante dos cariocas.

— Não é perto dos gramados que jogamos, mas não sou fã de desculpas, isso não importa para mim. Nós precisamos ser capazes de jogar em diferentes campos, eles fazem isso. Provavelmente tem outros tipos de gramados no Brasil, então isso não pode ser desculpa. Precisamos jogar melhor — concluiu Gross.

O técnico do Dortmund, Niko Kovac, fez coro às críticas ao gramado.

— O campo tem uma grama diferente da Europa. Na minha opinião, estava um pouco macia e não estava seca, mas a bola não corria tão rápido quanto estamos acostumados. Mas não procuramos desculpas.

Flamengo derrota o Chelsea de virada pela Copa do Mundo de Clube foto Gilvan de Souza/Flamengo

Forma física

A dificuldade do Chelsea ao enfrentar o Flamengo foi um dos assuntos mais comentados pelos jogadores dos Blues na zona mista, após a derrota por 3 a 1 pela Copa do Mundo de Clubes, ontem, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. Dominados em boa parte da partida, os atletas do time inglês destacaram a superioridade física dos sul-americanos.

— Podemos ver que eles também têm um bom time. Eles estão no meio da temporada. Talvez fisicamente estejam um pouco melhores do que nós neste momento. Também jogamos no calor. Acho que essas coisas talvez possamos controlar melhor e aprender a lidar com elas. Acho que foi melhor isso acontecer agora, na fase de grupo, do que em outra etapa. Então, é bom aprender agora — afirmou o lateral Cucurella.

— Eles estão no meio da temporada. Nós tivemos alguns jogadores que tiraram alguns dias de folga e agora precisamos recomeçar. É um pouco difícil para os competidores europeus e isso pode ser visto não apenas neste jogo, mas em muitos dos resultados. Este é um torneio que precisamos jogar. Temos dado desculpas, mas se vencermos o próximo jogo passaremos. E isso é o mais importante: precisamos descansar e nos preparar para o próximo jogo — concluiu.

Arbitragem

Após a derrota para o Flamengo, o técnico Enzo Maresca, do Chelsea, reconheceu o mérito do time rubro-negro em vencer a partida. No entanto, o treinador se queixou da expulsão do atacante Nicolas Jackson, que entrou aos 18 minutos do segundo tempo e foi expulso aos 22 por acertar, de sola, o pé de Ayrton Lucas.

— Nos últimos dois dias, tentamos algo diferente. Jogamos pela primeira vez com um sistema diferente, para nos prepararmos para a próxima temporada e termos mais opções. Acho que o plano funcionou na primeira hora até sofrermos o primeiro gol e logo depois o segundo. E depois ficamos com 10 homens. Acho que eles mereceram vencer — disse.

— Arbitragem foi um pouco estranha, às vezes com decisões estranhas. Principalmente o cartão vermelho, que não é 100% vermelho, mas pode ser vermelho — concluiu.

Comentários da imprensa

Em meio ao clima de insatisfação da torcida após a empate sem gols do Palmeiras, na primeira rodada, o meia João Mário, do Porto, saiu em defesa do time português e dos companheiros. Questionado sobre críticas que o time teria “amassado” pelo adversário, o jogador de 25 anos disparou: “Não sei que jogo é que viram”.

Em entrevista coletiva, o jogador não concordou com a ideia de domínio dos brasileiros. Para João Mário, a equipe não apresentou o futebol agressivo nem a consistência que o clube costuma exibir em campo.

Sem citar nomes, fez questão de ressaltar que os comentários infundados de torcedores e comentaristas podem prejudicar o ambiente interno. “Cada um vê o jogo como quer”, afirmou, deixando no ar seu descontentamento as com análises.


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