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Empresa pública registrou déficit de R$ 3,2 bilhões no ano passado; estatal afirma que reajustes estão dentro das normas

Com déficit registrado nos dois últimos anos, os Correios aumentaram seus gastos com pagamento a dirigentes durante no período, segundo dados da própria estatal. A despesa passou de R$ 5,910 milhões em 2022 para R$ 8,159 milhões em 2023, aumento de 38%, enquanto a inflação no período teve uma variação de 4,62%. De janeiro a setembro do ano passado, último dado disponível, foram desembolsados R$ 6,150 milhões.
A empresa foi a principal responsável pelo resultado negativo do conjunto das estatais vinculada ao governo federal no ano passado, de R$ 6,7 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), na sexta-feira. O prejuízo dos Correios foi de R$ 3,2 bilhões, recorde histórico.
Ao todo, a estatal de entregas possui seis diretores. A remuneração mensal deles passou de R$ 40,6 mil em 2022 para R$ 46,3 mil no ano passado, sem contar outros benefícios eventuais, como ajudas de custos e auxílio moradia. O presidente, por sua vez, recebe R$ 53,3 mil. A estatal é comandada por Fabiano Silva dos Santos desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Procurado, os Correios informaram, por meio de nota, que os reajustes estão dentro da lei. “Os valores e os reajustes das remunerações executivas nas empresas estatais atendem às instruções e às normas legais que se aplicam a esses órgãos”, diz.
O Ministério da Gestão e Inovação, responsável pelas estatais, atribui o resultado negativo no ano passado à retomada dos investimentos, o que, segundo a pasta, reduz o resultado financeiro dessas empresas. No caso dos Correios, tanto o ministério, quanto a direção da estatal alegam sucateamento da empresa devido ao plano de privatização colocado em prática no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A tentativa de repassar a empresa à iniciativa privada, contudo, não foi levada adiante e o plano foi abortado por Lula.
Entretanto, dados dos Correios mostram uma queda ligeira dos investimentos entre 2022 e 2023, quando os valores passaram de R$ 758,49 milhões para R$ 755,47 milhões, em valores nominais. Em 2024, chegou a R$ 830,27 milhões, aumento de 9,2% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Gestão.
Esses recursos, segundo a empresa, foram destinados em especial para a compra de equipamentos tecnológicos, veículos e segurança. A empresa alega ainda que houve uma queda de R$ 2,2 bilhões nas receitas impactada pela implementação do programa Remessa Conforme, que reduziu o volume das compras internacionais.
Entre 2017 e 2021, a estatal registrou lucro, mas desde 2022, último ano de Bolsonaro, já havia fechado no vermelho, com déficit de R$ 767,5 milhões.
Os números da estatal indicam que houve aumento das despesas financeiras na atual gestão. De R$ 328,982 milhões em 2022 para R$ 441,654 milhões em 2023, alta de 34%. Até o terceiro trimestre de 2024, as despesas estavam em R$ 393,479 milhões.
Já os gastos com pessoal ficaram praticamente estável. A empresa tem atualmente 85 mil funcionários, após ter executado seguidos planos de demissão voluntária (PDV) na gestão dos ex-presidentes Michel Temer e Bolsonaro. No fim do ano passado, foi realizado concurso público para a contratação de 3.511 servidores para nível técnico e superior.
O tamanho do prejuízo dos Correios levou Lula a cobrar explicações do chefe da estatal na sexta-feira. Após o encontro, Fabiano Silva argumentou que dados consolidados do balançao dos Correios ainda não estão fechados e serão divulgados entre março e abril. Ele atribuiu o déficit à taxação das compras internacionais, que reduziu receitas com encomendas e despesas com precatórios (pagamento de dívidas expedidas após condenação judicial).
— Os resultados ainda não são os finais, tem números que podem ser melhores, com um desempenho melhor. Era uma empresa que estava para ser privatizada e isso traz efeitos importantes para a empresa. Quando uma empresa é sucateada como ela foi para ser vendida, temos um trabalho grande para recuperar a empresa — disse em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
O mau desempenho dos Correios e consequente dependência do Tesouro Nacional para investir em novas tecnologias, logística e enfrentar a concorrência com gigantes internacionais no mercado para entregas e encomendas levou o governo Bolsonaro a incluir a estatal no plano de desestatização. Críticas à ineficiencia da empresa, greves de funcionários também pesaram na decisão.
A empresa esteve no “vermelho” no período entre 2013 e 2016, embora tenha voltado a ter lucro a partir de então, segundo dados extraídos dos demonstrativos contábeis dos Correios.
Em 2013 e 2014, o prejuízo líquido da estatal foi de R$ 312,5 milhões e R$ 20,3 milhões, respectivamente. Em 2015 e 2016, os valores negativos foram de R$ 2,121 bilhões e R$ 1,489 bilhão, respectivamente.
Entre 2017 e 2021, a estatal registrou lucro, alçando de R$ 2,276 em 2021. Em 2022, houve prejuízo de R$ 767,5 milhões e no ano seguinte também, R$ 596,6 milhões.
Outro argumento recorrente entre os defensores da privatização diz respeito às suspeitas de corrupção envolvendo a estatal no passado. Em especial, a esquema de desvio de recursos em 2005 que levou ao Mensalão.

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