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POLÍTICA

Crise sanitária resultou de cortes do governo Bolsonaro

24 de janeiro, 2023

A maior reserva indígena do Brasil, o Território Yanomami, vive uma crise sanitária e de segurança alimentar sem precedentes. O Ministério dos Povos Indígenas estima […]

Crise sanitária resultou de cortes do governo Bolsonaro
Reprodução_Instagram

A maior reserva indígena do Brasil, o Território Yanomami, vive uma crise sanitária e de segurança alimentar sem precedentes. O Ministério dos Povos Indígenas estima que ao menos 570 crianças tenham morrido de fome, desnutrição e contaminação pelo mercúrio em 2022.

A emergência humanitária é resultado direto dos cortes de recursos para a saúde indígena no governo de Jair Bolsonaro e da tomada das terras pelo garimpo nos últimos anos. O número de garimpeiros no Terra Indígena Yanomami passou de 20 mil em 2022, quase o tamanho da população de 28 mil povos originários na região.

“Nossos idosos, mulheres, crianças e jovens estão morrendo de contaminados de mercúrio”, denuncia Dario Kopenawa, vice-presidente da associação indígena Hutukara, uma das sete que representam as lideranças políticas locais. “O governo Bolsonaro cortou recurso da saúde indígena e saúde do Brasil. Então isso enfraqueceu a desmobilizou bastante essa assistência da saúde pública.”

Desligamentos de cargos de comando da funai

O governo federal destituiu 43 ocupantes de cargos de comando da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). As 38 exonerações e cinco dispensas atingem coordenadores nacionais e regionais; assessores; o corregedor Aurisan Souza de Santana e o diretor do Museu do Índio, Giovani Souza Filho.

Assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, as portarias foram publicadas em uma edição extra do Diário Oficial da União de ontem (23). Na mesma segunda-feira, o governo federal exonerou os responsáveis por comandar as equipes de 11 dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (Dsei), subordinados ao Ministério da Saúde.