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Cuidados contra a dengue devem ser redobrados no período chuvoso

18 de novembro, 2023

Ações ao longo do ano foram essenciais para redução no número de casos prováveis da doença no DF Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental […]

Cuidados contra a dengue devem ser redobrados no período chuvoso
Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Ações ao longo do ano foram essenciais para redução no número de casos prováveis da doença no DF

Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental do Distrito Federal manteve ações de combate à dengue para proteger a população, o que levou à redução no número de casos prováveis da doença. Com o período chuvoso, os cuidados precisam ser redobrados. Um único ovo do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela, consegue sobreviver até 400 dias sem contato com a água, só aguardando o primeiro momento de chuva para eclodir.

A Vigilância Ambiental do DF já inspecionou, neste ano, 2.056.344 imóveis em todo o DF | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Entre as ações permanentes adotadas pela saúde pública do DF estão o fumacê, o manejo ambiental, o controle químico, as inspeções dos agentes de vigilância a residências e o investimento em novas tecnologias, como as armadilhas ovitrampas.

“Aumentamos o número de armadilhas ovitrampas instaladas, o que nos leva a obter dados que tornam mais eficiente o trabalho do pessoal do campo. A própria armadilha faz o sequestro de ovos que se tornariam mosquitos”, explica o diretor de Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho. Esse tipo de armadilha simula um ambiente com condições ideais para procriação do mosquito e depois captura os ovos, impedindo a proliferação do inseto.

Com os esforços contra a dengue, as equipes já inspecionaram, neste ano, 2.056.344 imóveis. Além disso, o DF foi uma das poucas unidades da Federação que não sofreu desabastecimento de insumos. Isso porque o governo do Distrito Federal (GDF) se antecipou e fez a aquisição no ano passado. “Por conta disso, já estamos com a compra de mais inseticidas em andamento para o ano que vem”, destaca o diretor.

Com os esforços no combate à dengue, o DF registra queda no número de casos prováveis. População deve redobrar cuidados no período chuvoso | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Números no DF

De acordo com o Boletim Epidemiológico 39 de 2023, até a semana epidemiológica 44, foram registrados 27.719 casos prováveis de dengue em residentes do DF, uma redução de mais de 58,1% em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 66.182 casos prováveis da doença. No mesmo período, o registro soma dez casos graves e um óbito causado pela dengue.

Entre as sete Regiões de Saúde, a Sudoeste foi a que apresentou o maior número de casos prováveis (6.778), seguida pelas Regiões Oeste (5.331), Norte (4.115), Leste (3.281), Centro-Sul (2.170), Central (1.449) e Sul (1.051). Com relação à situação epidemiológica nas regiões administrativas, Ceilândia tem o maior número provável de casos (3.348), seguida de Samambaia (2.655), Brazlândia (1.979), Planaltina (1.928) e São Sebastião (1.847).

As armadilhas contra a dengue estão entre as estratégias utilizadas durante todo o ano para combater o mosquito da dengue no DF. As ovitrampas imitam o cenário ideal para proliferação e capturam os ovos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Cuidados da população

Apesar dos dados positivos, é preciso manter os esforços para que os índices sejam cada vez menores. Para isso, a participação da população é essencial, pois ela precisa ajudar com as avaliações internas e externas das residências. O mosquito adulto se esconde em locais sombreados. A orientação é deixar o ambiente sempre arejado, sacudir cortinas e procurar por acúmulo de água em locais menos evidentes, por exemplo, o degelo atrás da geladeira e os recipientes de bebedouros.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, explica que as ações de controle antivetorial para o combate à dengue se baseiam nas visitas domiciliares, nas distribuições de armadilhas, no controle efetivo da população de mosquitos e no processo de educação em saúde. “Para completar e coroar as ações do governo é preciso a participação de toda a sociedade. Cada um deve fazer a sua parte. Inspecione seu quintal, dê uma olhada na caixa d’água, não deixe nenhum depósito que tenha ou possa conter água. Assim, a população contribui e vira um agente do próprio domicílio.”

Valero reforça que o objetivo da Secretaria de Saúde do DF é interromper o ciclo biológico e conter a evolução do mosquito, além de trabalhar em parceria com a população para que ela ajude no combate ao Aedes aegypti. Para comunicar a Vigilância Ambiental sobre focos no entorno de suas casas, basta ligar no telefone 160.

O fumacê é uma das ações adotadas no DF contra o mosquito da dengue | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Dengue

A dengue é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para a maior disseminação da doença. Logo, a prevenção é a melhor forma de combatê-la. É importante evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano no ambiente.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, idosos e portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações fatais. Em caso de sintomas, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde. Acesse o InfoSaúde e localize sua UBS de referência.

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta – acima de 38°C
  • Dor no corpo e nas articulações
  • Dor atrás dos olhos
  • Mal-estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas pelo corpo

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)