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CULTURA

Dançarino de breaking B-Boy E2 faz show para a comunidade do Paranoá e Itapoã

24 de maio, 2024 / Por: Redação

Apresentação será no dia próximo 28, às 15h, na sede da Jornada Literaria do DF, no Cedep

Dançarino de breaking B-Boy E2 faz show para a comunidade do Paranoá e Itapoã
Niedson Nunes, o B-Boy E2, é dançarino, arte-educador e produtor cultural - foto: Reprodução/Facebook

Do dia 28 de maio, o projeto “Cultura Alimentar, Memória e Resistência no Paranoá” recebe o show de breaking de Niedson Nunes, ou, simplesmente, B-Boy E2. O artista é um dos fundadores do Wild Unlimited Crew (Grupo Feroz Ilimitado), que surgiu em 2009, a partir da iniciativa de b-boys (como são chamados os dançarinos desse estilo de dança) moradores do Itapoã. A apresentação acontece às 15h, na sede da Jornada Literária do DF, que fica no Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã (Cedep).

Carreira

Um dos destaques do breaking nacional, B-Boy E2 já participou de diversas competições no Brasil e em países como China, França e Eslováquia. “Colecionador” de troféus, além de dançarino, Niedson é arte-educador e produtor cultural, marcando presença em projetos que valorizam a cultura do hip-hop junto aos jovens do Distrito Federal.

Niedson Nunes, o B-Boy E2, é dançarino, arte-educador e produtor cultural – foto: Reprodução/Facebook

Iniciou sua jornada na dança em 2008 e foi campeão de competições como ‘Battle of the Year 2010 Brazil Crew’ e ‘Ghetto Battle 2022’. Já esteve também entre os 3 melhores do Mundo em competições disputadas na Europa. Além de Niedson – E2, o Wild Unlimited Crew conta com seu irmão Nieliton – E1, Caren Henrique, DJ Sapo, Ana, Rodrigo Werneck, Will Robson, Tiago Santos – TG e Aline da Cruz.

Breaking no Brasil

O breaking chegou ao Brasil em meados dos anos 80, pelos passos de Thaíde, que, depois de se encantar com a dança vinda dos Estados Unidos, foi treinar na estação São Bento, do Metrô São Pulo. Os manos e as minas se juntavam por lá e dali surgiram as primeiras crews brasileiras, entre elas a Panteras Negras e a Dragon Breakers, além da Back Spin, grupo mais antigo de breaking do País, na ativa desde 1985.

Com o tempo, o breaking foi incorporando o ‘jeitinho brasileiro’. Entre passos com nomes complicados como footwork e headspin, foram sendo criados movimentos únicos, muitos vindos da capoeira e do ‘passinho’, dança surgida nas favelas cariocas, e que ganhou o mundo.
Breaking olímpico

O breaking fez sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, em 2018. Após grande sucesso, foi escolhido para integrar o programa de esportes Olímpicos de Paris 2024, como uma nova modalidade, ao lado de surfe, skate e escalada esportiva.

O projeto

“Cultura Alimentar, Memória e Resistência no Paranoá” busca, por meio de oficinas, palestras, rodas de conversa e apresentações artísticas, promover a memória viva dos moradores e moradoras da antiga Vila Paranoá, transmitindo às novas gerações histórias sobre o cultivo pioneiro de diversos tipos de plantas na região.

As histórias contadas serão transformadas em livro pelo escritor João Bosco Bezerra Bonfim. “Os depoimentos das participantes chegarão aos jovens em uma corrente de transmissão de conhecimentos”, ressalta Bosco.

Até setembro de 2024, o projeto realiza, na sede da Jornada Literária do DF, no Paranoá, oficinas de elaboração de hortas urbanas, palestras e rodas de conversa com a comunidade. Podem participar idosos e jovens entre 7 e 15 anos.

O projeto é realizado pela MB3 Cultura e Horta Linda, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) do Distrito Federal, patrocínio da Neoenergia Brasília e Instituto Neoenergia, e apoio do Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã (Cedep).

Serviço

Show de B-Boy E2. Data: 28 de maio, a partir das 15h. Entrada: gratuita. Local: Cedep (Quadra 9, conjunto D, Área Especial 1 – Paranoá).