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Governador do Paraná ampliou suas movimentações políticas nas últimas semanas, em uma espécie de périplo para concorrer à Presidência
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), ampliou suas movimentações políticas nas últimas semanas, em uma espécie de périplo para concorrer à Presidência da República. Com forte investida na pauta da segurança pública e aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. tem buscado se cacifar dentro da direita. A favor do governador pesa a admiração de Bolsonaro por seu pai, o apresentador Ratinho, e a posição de destaque que assumiu na articulação da anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro junto à bancada do PSD.
Apesar de não ter comparecido ao ato convocado pelo ex-presidente no Rio, no último dia 16, Ratinho Jr. telefonou para explicar sua ausência e, desde então, tem estado comprometido com a pauta da anistia, comandando reuniões em Brasília e a defendendo publicamente.
Com isso, ganhou pontos com Bolsonaro e vai recebê-lo para um almoço na próxima sexta-feira. A data coincide com o lançamento da pré-candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), em evento na Bahia. Apesar de também se colocar como opção à direita, Caiado tem uma relação conturbada com Bolsonaro.
Duas opções são desenhadas por articuladores de Ratinho. Caso a inelegibilidade do ex-presidente seja mantida, o governador pode encabeçar a chapa e ter como vice um membro da família Bolsonaro, como a ex-primeira-dama Michelle ou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A segunda hipótese envolve o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de quem o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é secretário e pode sucedê-lo no estado, caso entre na disputa. Neste contexto, Tarcísio seria o candidato e o paranaense, seu vice.
O deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR) tem sido peça-chave na intermediação entre Ratinho Jr. e o ex-presidente e participará do encontro entre os dois. Ele mira uma das vagas para o Senado.
Além da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro de 2023, Ratinho Jr. tem feito outros acenos ao ex-presidente. Na semana em que Bolsonaro se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta trama golpista, o governador criticou o julgamento:
— Acho que, por se tratar de um ex-presidente, o julgamento não poderia ser feito por uma Turma, mas pelo plenário .
A declaração foi dada em um evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Pernambuco, onde também afirmou que disputar a Presidência seria “um grande sonho”.
Além da agenda em Pernambuco, ele também viajaria para Minas Gerais, mas a agenda foi cancelada após a morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).
Ratinho Jr. também tem focado na pauta da segurança pública, uma das principais preocupações dos brasileiros, segundo as pesquisas. Os índices de criminalidade caíram no Paraná e o governador tem investido no setor. Neste ano, destinou R$ 416 milhões do orçamento a essa área, o que equivale a R$ 36 por habitante. A média é maior que a de outras unidades da federação, como Rio (R$ 20), Goiás (R$ 20) e São Paulo (R$ 22).
Diante da tentativa de voo nacional, Ratinho Jr. tem começado a construir seu palanque no estado e deu início às tratativas pela sucessão. Recentemente, nomeou três ex-prefeitos para o primeiro escalão: Rafael Greca (Curitiba), Ulisses Maia (Maringá) e Leonardo Paranhos (Cascavel), todos potenciais candidatos ao governo do Paraná.
Como principal obstáculo, Ratinho tem visto o crescimento de seu principal adversário, o senador Sergio Moro (União), nas pesquisas de intenções de voto. Segundo levantamento da Quaest, divulgado em fevereiro, Moro lidera com 30%, enquanto Greca aparece em segundo lugar, com 18%.
Aliados do governador ressaltam que esta mesma pesquisa coloca a gestão paranaense com 81% de aprovação e aponta que 67% da população acredita que ele deveria eleger um sucessor.
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