POLÍTICA

De olho em 2026, João Campos coordenação da ‘transição’ para vice eleito que está na linha de sucessão

5 de novembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Com os planos do gestor recifense em disputar o governo de Pernambuco em dois anos, Victor Marques (PcdoB) já é preparado para assumir a cadeira municipal

De olho em 2026, João Campos coordenação da ‘transição’ para vice eleito que está na linha de sucessão

Após ser reeleito em primeiro turno com mais de 78% dos votos válidos, o prefeito de Recife, João Campos (PSB) já prepara o seu vice eleito, Victor Marques (PCdoB), para assumir a sucessão municipal em 2026. Quem irá coordenar o grupo de trabalho do novo mandato e propor inovações a sua gestão a partir de janeiro será Marques.

O anúncio foi feito por João nesta segunda-feira, quando ele fez questão de elogiar seu vice. Os afagos tem como pano de fundo o desejo do prefeito em disputar o governo de Pernambuco em dois anos. Neste contexto, em março de 2026, teria que renunciar a cadeira municipal, o que colocaria Victor Marques como responsável pela continuidade.

— Vamos seguir com novos avanços na cidade, sempre olhando para onde é possível aprimorar, com foco em ainda mais resultados. Victor terá o papel de capitanear esse trabalho, junto com um time que conhece cada detalhe do funcionamento da Prefeitura do Recife — disse o prefeito de Recife.

João Campos não é o único político que vem fazendo movimentações tendo em vista a corrida pelo governo do estado. Candidata à reeleição, Raquel Lyra deve trocar o PSDB pelo PSD.

Comandado por Gilberto Kassab, o PSD poderia lhe oferecer uma estrutura maior do que o PSDB. O partido de Kassab tem mais recursos dos fundos partidário e eleitoral, uma vez que possui 44 deputados federais, mais que o triplo da bancada tucana. Com isso, ela teria também mais tempo de televisão.

Tal estratégia seria importante para um possível enfrentamento com João. Aliados da governadora avaliam que ele deve conseguir reunir toda a esquerda em uma coligação. A federação PT-PV-PCdoB representa a segunda maior bancada da Câmara Federal e ter Lyra em um partido da base pode colocar, ao menos, algum obstáculo nesta aliança.