Possível federação com o PT pode levar à saída de Ciro Gomes do PDT
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Presidente Lula (PT) não participará da solenidade do presidente venezuelano, mas enviou a representante do Brasil
A decisão do governo federal de enviar a embaixadora do Brasil em Caracas, Gilvânia Oliveira, à posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, gera críticas por parte dos governadores. O repúdio parte de nomes à direita do espectro político, como Romeu Zema (Minas Gerais), e Ronaldo Caiado (Goiás), mas também é acompanhado por aliados do presidente Lula (PT), à exemplo do paraense Helder Barbalho (MDB).
Em suas redes sociais, Barbalho cobrou o governo federal ao afirmar que o Brasil não pode se omitir: “Quem defende a democracia tem de abominar a ditadura de Maduro e condenar a opressão do regime. Não podemos fazer condenações seletivas a golpistas. O Brasil não pode se omitir: fora Maduro!”, escreveu o governador.
No campo da direita, as críticas foram mais incisivas. Zema afirmou ser “inaceitável” qualquer demonstração de apoio a Maduro. ” O envio de representante do Brasil à posse de Maduro, na Venezuela, ignora a vontade popular, direitos humanos e a democracia. Sempre defenderei a Democracia e a Liberdade”, disse.
Barbalho é um forte aliado de Lula (PT). Seu irmão, Jader Barbalho Filho, é ministro das Cidades desde o início do terceiro mandato do presidente.
Na mesma toada que o governador mineiro, Ronaldo Caiado (União Brasil) afirmou que o governo federal deveria cancelar a ida da embaixadora, principalmente após a líder da oposição, Maria Corina Machado, ter afirmado ter sido preso nesta quinta-feira. A ditadura de Maduro, contudo, negou a detenção.
“O governo Lula tem a obrigação moral de cancelar a ida do embaixador brasileiro à posse do ditador Nicolás Maduro e de cobrar, de forma contundente, a liberdade de Maria Corina Machado, sequestrada pelo regime por liderar a oposição venezuelana”, opinou o goiano.
A posse de Nicolás Maduro está marcada para esta sexta-feira às 13h. Na esquerda, o PT e o MST enviaram delegações para acompanhar a solenidade.
O presidente Lula foi convidado, mas não irá comparecer. O governo brasileiro, tampouco, reconheceu a vitória eleitoral de Maduro.
— O respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar as partes ao dialogo e promover o entendimento entre governo e oposição — afirmou Lula em agosto passado.
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