
Câmara Legislativa realiza audiência pública para debater novo Pdot
Debate que escutou a população foi promovido pelos distritais Jaqueline Silva e Rogério Morro da Cruz
Em dia que Minas passou por ataque do ‘Novo Cangaço’ e acidente de ônibus, governador teve reveses no legislativo e paralização dos servidores
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), viveu um dia de tensão em sua gestão nesta terça-feira. Enquanto dava atenção a dois episódios alheios ao seu mandato que ocorreram no estado — o acidente de ônibus que deixou onze mortos em Araguari, no Triângulo Mineiro, e o ataque do “Novo Cangaço” que explodiu agência da Caixa em Guaxupé — os deputados estaduais mantiveram a pauta travada na Assembleia Legislativa e os servidores da segurança promoveram protestos.
Com uma base formada por 57 dos 77 deputados estaduais, o governador voltou a sofrer dificuldades com o legislativo. Ontem, apenas dois dos seis vetos seus foram votados. Enquanto a oposição tentava obstruir os trabalhos, os aliados governistas conseguiram manter os dois requerimentos do governador.
Logo depois, a oposição obteve uma pequena vitória e conseguiu aprovar que a criação dos centros regionais de atendimento ao autismo fosse votada separadamente. O requerimento foi aprovado em unanimidade e, em sequência, os governistas deixaram o plenário. Com a falta de quórum, a sessão foi interrompida.
Na avaliação do líder da oposição, Ulysses Gomes (PT), a base enviou um recado ao governador:
— É uma grande derrota para o governo. A base da um recado para o governo que, se não houver diálogo na construção política, (a pauta) será derrotada.
Os integrantes do bloco governista não falaram com a imprensa.
Enquanto a pauta se mantinha travada na Assembleia, que não vota propostas há quinze dias, os profissionais da segurança pública se organizavam em protestos na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. A insatisfação é a ausência de recomposição das perdas salariais para a categoria. A pauta foi abraçada por deputados do PL, que deixaram o bloco governista no início do ano, e fazem críticas ao governador.
Na semana passada, em entrevista ao Globo, o vice-governador Mateus Simões (Novo) minimizou o gargalo com esses servidores. Segundo ele, o auxílio alimentação irá incorporar um aumento de 34% no salário desses funcionários.
— Acho que a gente já superou este drama. A gente estava com uma pressão muito grande, revisão inflacionária, que a gente infelizmente não conseguiu dar porque a gente só está dando revisão inflacionária geral. Acho que é uma decisão acertada do governador não escolher categorias para terem revisão e outras não terem. Desde 2020, tem sido só revisões gerais, mas este ano a gente conseguiu reverter uma injustiça histórica e demos o auxílio-alimentação. É um incremento de renda muito significativo — afirmou Simões.
Em nota, o governo disse estar em diálogo com a categoria. “A gestão atual mantém os canais de diálogo abertos com os representantes das categorias e busca compreender e atender suas demandas, dentro do que a lei permite e das possibilidades fiscais e estruturais do Estado”, diz trecho do posicionamento.
As insatisfações não são apenas na segurança pública. Também nesta terça-feira, os profissionais da educação pleitearam aumento salarial na Assembleia Legislativa.
Em meio aos entraves, adversários de Zema aproveitam para criticá-lo. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o episódio de ataque do “Novo Cangaço” revela o “abandono” da segurança pública no estado.
“As forças de segurança de Minas Gerais não são valorizadas e precisam ficar exigindo o que já é direito. Para enfrentar esse tipo de crime violento e armado é necessário que a polícia tenha estrutura. Quando era senador, enviei dezenas de viaturas blindadas para nossa PM que, diga-se de passagem, é a melhor do país”, disse, em suas redes sociais.
Debate que escutou a população foi promovido pelos distritais Jaqueline Silva e Rogério Morro da Cruz
Essa é data limite para que mudanças na legislação do Imposto de Renda possam valer em 2026
Wolney Queiroz participa de audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor
A proposta altera o Estatuto da Cidade