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Com perspectiva de vitória no primeiro turno, atual prefeito foi principal criticado da noite; bolsonaristas apostaram na polarização entre Lula e Bolsonaro para levar disputa ao segundo turno
O debate da TV Globo com os candidatos à prefeitura do Rio, realizado nesta quinta-feira (3) à noite, foi marcado pela presença do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), como principal alvo dos adversários. Candidatos bolsonaristas, Alexandre Ramagem (PL) e Rodrigo Amorim (União) fizeram várias “dobradinhas”, evocando os nomes do ex-presidente e de Lula para apostar na polarização. Também participaram do encontro Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP).
Logo no início do primeiro bloco, Amorim partiu para cima de Paes ao mencionar a Farra dos Guardanapos, episódio envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral em Paris, e a Operação Lava-Jato. Em resposta, o prefeito lembrou que adversários acabaram presos, e ele não:
— Disputei nesse mesmo estúdio a eleição contra quatro candidatos: (Wilson) Witzel, Garotinho, Pedro Fernandes e Índio da Costa. Todos eles me acusaram de ser sócio do Cabral, parceiro do Cabral, que eu ia ser preso, isso e aquilo. Sabe o que aconteceu? Todos eles, inclusive o Witzel, com quem ele (Amorim) andava coladinho, foram presos — disse em referência às eleições de 2018.
A estratégia de Paes foi colocar no centro do debate os nomes do governador do Rio, Cláudio Castro, do ex-governador Wilson Witzel e do ex-prefeito Marcelo Crivella, passando para o eleitor a ideia de que o Rio fez escolhas “aventureiras” se bons resultados: — A gente já arriscou no passado e viu no que deu.
Para atacar seu principal oponente na disputa, Ramagem, o prefeito perguntou se o delegado não se sente “constrangido” de falar em soluções para segurança pública ao mesmo tempo em que é “apadrinhado” pelo governador Cláudio Castro (PL), já que o tema é responsabilidade principalmente do poder estadual.
— Não tenho nenhum padrinho Cláudio Castro, minha liderança política se chama Jair Messias Bolsonaro — respondeu o bolsonarista, que defendeu que “segurança é sim responsabilidade também da prefeitura”: — Quando a gente olha para a gestão Cláudio Castro, é uma gestão medíocre, tem sim muito o que fazer. Mas, quando olha para a sua, é nota zero.
O nome do presidente Lula também apareceu diversas vezes no debate, e Ramagem apostou em associá-lo a Paes para explorar a polarização com Bolsonaro. Com cautela, Paes disse ser “aliado do Lula”, mas que eles não são “iguais”: — A gente trabalha junto. O estádio do Flamengo é fruto de parceria, o Galeão é fruto de parceria. Vou continuar aliado do presidente.
O nome do ex-deputado e presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também foi citado. Amorim mencionou o político, que era um dos grandes nomes do PSOL e hoje é filiado ao PT, para provocar Tarcísio. Freixo pediu “voto útil” para Paes nas redes sociais.
O candidato psolista disse respeitar Freixo, mas não aceitar o alinhamento à direita como resposta à extrema direita. Em diversos momentos do debate, criticou a estratégia de “voto útil” que tem sido defendida para evitar um segundo turno com Ramagem:
— Não deixe que o medo guie seu voto no dia 6 de outubro. Nós podemos ter o melhor e por que vamos escolher o mal menor neste primeiro turno? Não existe voto útil na milícia, não existe voto útil na fome, na desigualdade.
O debate contou ainda com críticas às longas filas na saúde do Rio, ao que Paes se defendeu argumentando que elas foram reduzidas à metade durante a sua gestão. O encontro também teve ataques mais duros apelando para o eleitorado conservador, como quando Amorim relembrou o “cavalo tarado”, performance realizada no ano passado em uma escola da rede municipal.
— Um episódio lamentável, o cavalo taradão, um espetáculo de sensualidade para crianças das mais tenras idades. Um espetáculo em que um cavalo dançava de forma sensual para crianças — disse o bolsonarista. Já o prefeito disse que a manifestação artística foi “inadmissível” e reforçou ter demitido a diretora da instituição.
Mais cedo na quinta-feira, o Datafolha divulgou a nova pesquisa sobre a eleição carioca. Paes tem 63% dos votos válidos, contra 25% de Ramagem e 5% de Tarcísio. O cenário, hoje, aponta para vitória do prefeito no primeiro turno.
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